Temer usa Meirelles para esconder que apoia Alckmin
"Muita gente se perguntava, eu inclusive, o que leva um milionário como Henrique Meirelles a jogar dinheiro fora numa campanha que sabe que vai perder. Como só maluco queima dinheiro, e maluco ele não é, deve haver um motivo para ele torrar alguns milhões (jamais saberemos quantos) de sua conta bancária", diz o colunista Alex Solnik; "A explicação só pode ser uma. Meirelles é uma fachada. É um candidato engana-trouxa", afirma; "O verdadeiro candidato de Temer (e dele) é Alckmin"
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Muita gente se perguntava, eu inclusive, o que leva um milionário como Henrique Meirelles a jogar dinheiro fora numa campanha que sabe que vai perder. Como só maluco queima dinheiro, e maluco ele não é, deve haver um motivo para ele torrar alguns milhões (jamais saberemos quantos) de sua conta bancária.
Por nada é que não é, isso está fora de questão.
A explicação só pode ser uma. Meirelles é uma fachada. É um candidato engana-trouxa. Ele é o coelho da corrida, está competindo, mas não está. O seu papel é convencer os incautos de que é o candidato de Temer.
Mas não é. O verdadeiro candidato de Temer (e dele) é Alckmin. Um candidato oculto porque, se descobrirem que Temer o apoia, ele morre na praia. Alckmin só tem chance se os eleitores não perceberem que Temer está com ele. E, como o MDB terá candidato, ele terá um álibi perfeito contra qualquer acusação de que está no barco do PSDB.
Nos discursos oficiais, Alckmin fará de tudo para se afastar de Temer e vice-versa, pois só assim a estratégia pode funcionar, mas, por baixo do pano, Temer vai usar como puder a máquina federal e o MDB para formar um rolo compressor e impulsionar Alckmin para, se possível, ganhar já no primeiro turno.
Eles formaram uma coligação com pretensões a decidir a eleição a 7 de outubro. O enorme espaço no horário eleitoral e a valiosa colaboração da mídia conservadora poderão fazer diferença sobre os oponentes.
Esse esquema não se viabilizaria sem a colaboração de Meirelles e de seus milhões. O gesto de generosidade permitiu que os milhões do fundo de campanha do partido sejam destinados a deputados, senadores e governadores que de alguma forma haverão de agradecer ao candidato.
Se o plano der certo, Temer será contemplado provavelmente com uma embaixada do circuito Elizabeth Arden para ficar bem longe do alcance da Lava Jato e Meirelles voltará ao ministério da Fazenda, de onde, ao que parece, nunca saiu.
E o centrão dividirá os ministérios com PSDB e MDB.
Um governo Temer II.
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