Temer quer parlamentarismo para não ser investigado

"Temer está encrencado e sabe disso. Aquela mala não sai dos seus pesadelos. Pode ter escapado da Justiça agora, graças à bancada corrupta da Câmara, mas não terá como se defender quando cair fora do Palácio do Planalto e ficar sem foro privilegiado", diz o colunista Alex Solnik; "Temer quer o parlamentarismo para fugir do pesadelo da mala, porque pelo voto direto não se elege nunca mais a nada"

"Temer está encrencado e sabe disso. Aquela mala não sai dos seus pesadelos. Pode ter escapado da Justiça agora, graças à bancada corrupta da Câmara, mas não terá como se defender quando cair fora do Palácio do Planalto e ficar sem foro privilegiado", diz o colunista Alex Solnik; "Temer quer o parlamentarismo para fugir do pesadelo da mala, porque pelo voto direto não se elege nunca mais a nada"
"Temer está encrencado e sabe disso. Aquela mala não sai dos seus pesadelos. Pode ter escapado da Justiça agora, graças à bancada corrupta da Câmara, mas não terá como se defender quando cair fora do Palácio do Planalto e ficar sem foro privilegiado", diz o colunista Alex Solnik; "Temer quer o parlamentarismo para fugir do pesadelo da mala, porque pelo voto direto não se elege nunca mais a nada" (Foto: Alex Solnik)


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Por Alex Solnik   

Temer está encrencado e sabe disso. Aquela mala não sai dos seus pesadelos. Pode ter escapado da Justiça agora, graças à bancada corrupta da Câmara, mas não terá como se defender quando cair fora do Palácio do Planalto e ficar sem foro privilegiado.

   Porque todo mundo sabe que o foro privilegiado está lá para não punir ninguém.

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   Para não perder o foro privilegiado Temer e seu grupo já estão queimando as pestanas nesse sentido e uma das ideias é a volta do parlamentarismo.

   Por que a primeira coisa em que pensa é o parlamentarismo? Porque para se eleger no parlamentarismo não precisa ser popular nem dar satisfações ao povo e sim ao Congresso.

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   É mais fácil agradar – em todos os sentidos – a 513  do que a 200 milhões.

   Volta, porque o Brasil já foi parlamentarista no tempo do Império, quando o país vivia dilacerado por rebeliões.

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   Mas é uma daquelas ideias que as nossas “otoridades” tiram do bolso do colete de vez em quando.

   Quando precisa resolver um pepino.

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   O exemplo mais acachapante e oportunista aconteceu em 1961. Os militares, que eram fortes na época não aceitaram a substituição de Jânio por Jango, quando o primeiro renunciou, como rezava a constituição.

   Para resolver o impasse, os generais deixaram Jango assumir a presidência só depois de seu poder ser esvaziado com a aprovação do parlamentarismo pelo Congresso Nacional.

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   Durou pouco.

   Agora que o Serra levantou a lebre, parece ser de novo uma boa ideia para resolver um problema. Dois, aliás.

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   Aprovado o parlamentarismo – depois de combinar com os russos, é claro – Temer se elege primeiro-ministro desse Congresso fácil fácil e ao mesmo tempo se esvazia o poder do próximo – seja qual for – presidente da República. Mesmo se for o Lula.

   Olha que ideia genial. Temer ganha mais quatro anos de foro e Lula vira um Lulinha paz e amor mesmo se for eleito pela maioria dos brasileiros, com direito a tirar selfie e olhe lá.

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   Temer quer o parlamentarismo para fugir do pesadelo da mala, porque pelo voto direto não se elege nunca mais a nada.

   Ou seja: quer o parlamentarismo para não ser investigado. Porque se for investigado será um Deus nos acuda.

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