Temer quer mandar no Copom?

"O que diriam mercados e mídias se Dilma Rousseff, na Presidência, declarasse que mandou a equipe econômica reduzir os juros?", questiona Tereza Cruvinel, que já imaginou a cena; "Seria um Deus nos acuda: intervencionismo, voluntarismo, violação da independência do Banco Central, manipulação do Copom e outras acusações que foram muito frequentes antes do afastamento dela"; a jornalista critica o "silêncio benevolente da mídia, mercado e oposição" diante de "uma declaração de Temer que seria intolerável se partisse de Dilma ou de outro. Em entrevista à GloboNews, ele revelou com a maior candura ter pedido à área econômica que reduza os juros"

Brasília - DF, 09/06/2016. Presidente Interino Michel Temer durante posse do Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. Foto: Beto Barata/PR
Brasília - DF, 09/06/2016. Presidente Interino Michel Temer durante posse do Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. Foto: Beto Barata/PR (Foto: Tereza Cruvinel)


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O que diriam mercados e mídias se Dilma Rousseff, na Presidência, declarasse que mandou a equipe econômica reduzir os juros? Seria um Deus nos acuda: intervencionismo, voluntarismo, violação da independência do Banco Central, manipulação do Copom e outras acusações que foram muito frequentes antes do afastamento dela. Em março último, Alexandre Tombini, presidente do BC, teve que desmentir categoricamente que teve uma reunião com Dilma na véspera da reunião do Copom. “Essa reunião não houve. Não existiu essa reunião", afirmou Tombini. 

Mas um silêncio benevolente da mídia, mercado e oposição seguiu-se a uma declaração de Temer que seria intolerável se partisse de Dilma ou de outro. Em entrevista à Globo News, ele revelou com a maior candura ter pedido à área econômica que reduza os juros. Atualmente, a taxa básica de juros (Selic) está em 14,25% ao ano.

— Eu tenho pedido à área econômica que veja a possibilidade de reduzir os juros — afirmou.

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Temer contou que trabalha com planos A, B e C. O primeiro deles diz respeito à venda de ativos; o segundo, a “limitação absoluta” dos gastos; e o terceiro, o aumento de tributos.

— A letra C é a hipótese mais distante, que trata de eventual fixação de novos tributos ou aumento de tributos. Temos até o dia 31 de agosto para decidir isso.

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As três letrinhas virão, cada uma a seu tempo. Passada a votação final do impeachment, dia 22 de agosto, a Fiesp prepare para rodar seu impostômetro. A venda de ativos, a cargo do secretário-executivo do PPI, Moreira Franco, também será deflagrada só depois de agosto. E a limitação absoluta do gasto público, através da fixação de um teto para a expansão equivalente à inflação, através de emenda constitucional, agora será a prioridade número um do novo presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

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