Temer: o grande culpado pelo aumento da crise econômica
Os que acreditaram na Ponte para o Futuro de Temer estão concluindo que na verdade este governo representa um Ponte para o Abismo ou para o Inferno, como o senador Roberto Requião e eu batizamos na ocasião o programa golpista
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Temer e sua turma deram o golpe com o discurso da Ponte para o Futuro, mas tudo que conseguiram até agora foi piorar, e muito, a situação econômica do país. Além da política e social.
"Receita das empresas cai e mostra crise permanente", alardeou na segunda, 21/11, manchete do jornal Valor Econômico, indicando que mais de 10% do faturamento das empresas brasileiras de capital aberto caiu no terceiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2015.
Os que acreditaram na Ponte para o Futuro de Temer estão concluindo que na verdade este governo representa um Ponte para o Abismo ou para o Inferno, como o senador Roberto Requião e eu batizamos na ocasião o programa golpista.
O revés econômico produzido no Brasil com o apoio das elites se revelou uma estupidez uma vez que a queda no faturamento das empresas afeta diretamente aos grandes empresários do país.
A ruína do país começou quando os tucanos, ao perderem as eleições, passaram a ruminar a vingança, não se importando com o que isso significaria para os destinos do país.
A primeira asneira foi terem sabotado o ajuste fiscal proposto por Dilma.
Assim que foi afastada provisoriamente, em 12 de maio de 2016, no lugar de apertar os cintos, Temer e Meirelles ampliaram o déficit fiscal de R$ 70 milhões para R$ 172 bilhões.
Para fortalecer o apoio ao golpe concederam aumentos a diversas categorias do funcionalismo.
Temer e Serra alardearam desde o primeiro instante que sua intenção era ter o EUA como parceiro número um e que em seu governo muitos investimentos estrangeiros viriam para o país.
Até agora, seis meses de governo Temer, não vimos chover dinheiro estrangeiro no país. A não ser para comprar a preço de banana parte do sistema Petrobras, os gasodutos do sudeste, e o campo Carcará do Pré Sal.
Na tentativa que fez no Japão, temer só ouviu cobranças do premier japonês de todo o prejuízo causado a empresas japonesas pela suspensão de contratos com empreiteiras brasileiras perseguidas pela Lava Jato.
O economista e presidente do Banco Goldman Sachs Brasil, Paulo Leme, vai pelo mesmo caminho.
Em entrevista ao Estadão revelou que empreiteiras destruídas pela Lava Jato financiavam metade dos investimentos no Brasil e que, sem resolver a questão da dívida das empresas, a recuperação da economia será bem mais lenta do que a imaginada.
Indagado pelos jornalistas se foi feito um diagnóstico precipitado em relação à retomada do crescimento ele foi direto: Não foi precipitado. O diagnóstico estava errado. Ignoraram o motor fundamental - o investimento do setor privado.
Para ele o quadro atual não permite a recuperação do consumo privado porque para sairmos de um PIB de -3,5% para um de 0,5% ou 1%, precisamos de taxas de investimento privado com alta de 15% a 20%, mas as condições financeiras das empresas não permitem isso.
Quando se observa na economia brasileira, 50 anos de formação bruta de capital fixo (indicador que mede a capacidade produtiva), vê-se que metade vem de empreiteiras, vem do setor da construção, ele afirma.
Como saídas o economista sugere que se evite a deterioração do complexo óleo e gás, do setor de energia, da parte que está envolvida na Lava Jato e que haja uma coordenação entre a área econômica e a jurídica do governo para resolver o problema dessas empresas.
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