Temer não desmentiu mega suborno da JBS

"Temer não desmentiu, até agora, a denúncia do diretor da JBS Ricardo Saud, que disse explicitamente aos procuradores da força-tarefa da Lava Jato que os 500 mil entregues ao deputado afastado Rocha Loures eram a primeira parcela de um mega suborno de 480 milhões de reais, que seriam pagos em 20 anos, 'que acertamos com Temer', se a questão do Cade fosse resolvida. Nem anunciou que vai processá-lo por mentir", observa Alex Solnik; "A defesa de Temer fez questão de jogar os holofotes na fita, inclusive contratando um perito para mais confundir do que explicar, na tentativa de colocar em segundo plano o caso Rocha Loures, que é o escândalo a ser esclarecido. E até o STF embarcou nessa", diz ele

"Temer não desmentiu, até agora, a denúncia do diretor da JBS Ricardo Saud, que disse explicitamente aos procuradores da força-tarefa da Lava Jato que os 500 mil entregues ao deputado afastado Rocha Loures eram a primeira parcela de um mega suborno de 480 milhões de reais, que seriam pagos em 20 anos, 'que acertamos com Temer', se a questão do Cade fosse resolvida. Nem anunciou que vai processá-lo por mentir", observa Alex Solnik; "A defesa de Temer fez questão de jogar os holofotes na fita, inclusive contratando um perito para mais confundir do que explicar, na tentativa de colocar em segundo plano o caso Rocha Loures, que é o escândalo a ser esclarecido. E até o STF embarcou nessa", diz ele
"Temer não desmentiu, até agora, a denúncia do diretor da JBS Ricardo Saud, que disse explicitamente aos procuradores da força-tarefa da Lava Jato que os 500 mil entregues ao deputado afastado Rocha Loures eram a primeira parcela de um mega suborno de 480 milhões de reais, que seriam pagos em 20 anos, 'que acertamos com Temer', se a questão do Cade fosse resolvida. Nem anunciou que vai processá-lo por mentir", observa Alex Solnik; "A defesa de Temer fez questão de jogar os holofotes na fita, inclusive contratando um perito para mais confundir do que explicar, na tentativa de colocar em segundo plano o caso Rocha Loures, que é o escândalo a ser esclarecido. E até o STF embarcou nessa", diz ele (Foto: Alex Solnik)


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Nenhum presidente da República brasileiro foi alvo de acusações tão graves e tão consistentes em pleno exercício do cargo e vigência de uma operação policial supostamente destinada a acabar com a corrupção como Michel Temer.

No entanto, as instituições responsáveis não conseguem tirá-lo do poder, o que seria a única forma de investigá-lo com isenção. É impossível uma investigação dessa natureza chegar a bons termos com o acusado desfrutando de todas as armas do poder, escondido em seu bunker e protegido por seus homens de confiança, dentre os quais o presidente da Câmara, o Botafogo da Odebrecht.

Há uma semana o país descobriu que seu presidente provisório não só mantém conversas vergonhosas com um empresário sabidamente corrupto nos porões de sua residência oficial, como lhe indica um homem de sua confiança – um deputado apagado - para resolver questões no Cade que, na sequência, redundaram em suborno de 500 mil reais entregues a ele, um certo Rocha Loures.

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Salta aos olhos de qualquer indivíduo que um deputado desse quilate jamais teria poder para interferir no Cade se não tivesse por trás a figura de seu chefe, o presidente da República em pessoa.

Mas não é só isso. O diretor da JBS Ricardo Saud disse explicitamente aos procuradores da força-tarefa - e todos assistiram à gravação, de boa qualidade, numa recente edição do Jornal Nacional - que os 500 mil eram a primeira parcela de um mega suborno de 480 milhões de reais, que seriam pagos em 20 anos, "que acertamos com Temer", se a questão do Cade fosse resolvida. Chamou isso de "a aposentadoria de Temer".

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Não deu certo porque não deu tempo de resolver os problemas da empresa no Cade.

Temer não desmentiu, até agora, a denúncia de Saud. Nem anunciou que vai processá-lo por mentir.

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Não há dúvida que Rocha Loures foi somente o homem da mala de Temer. Não era o único, aliás, fazia parte da turma que ocupava uma sala a poucos metros do gabinete presidencial em companhia de Tadeu Filipelli, preso ontem em Brasília e de Sandro Mabel, que se demitiu hoje.

O mais acachapante é que o andamento do caso no STF foi suspenso pela presidente do STF, Carmen Lúcia, até ser periciado o gravador utilizado por Joesley no encontro nos porões do Jaburu, o que vai demandar 30 dias.

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Perícia dispensável, já que os trechos em que Temer o estimula a "ficar de bem" com um deputado corrupto preso em Curitiba chamado Eduardo Cunha; o congratula por subornar juízes e procuradores; atende ao seu pedido de interferir em órgãos do governo e até no ministério da Fazenda e indica Rocha Loures para ser seu intermediário estão audíveis, intactos e não foram desmentidos nem por Temer. Não há o que periciar.

A defesa de Temer fez questão de jogar os holofotes na fita, inclusive contratando um perito para mais confundir do que explicar, na tentativa de colocar em segundo plano o caso Rocha Loures, que é o escândalo a ser esclarecido.

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E até o STF embarcou nessa.

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