Temer está enterrando a lei que protege o trabalhador
"Há legislação de proteção ao trabalho exatamente porque se sabe que, no embate com o capital, ele tem muito menos força para defender seus interesses. É isso que Temer está enterrando", comenta o cientista político Luis Felipe Migule, da UnB, em texto publicado no Facebook sobre a minirreforma trabalhista anunciada nesta quinta pelo governo; "O anúncio perto do Natal certamente não é só sadismo. É para reduzir as reações contrárias. Temer e seu bando não acreditam que estão fazendo tudo o que estão fazendo e o país continua nesta pasmaceira", afirma
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É para hoje, diz o jornal, o anúncio da reforma trabalhista que o usurpador quer implantar por medida provisória.
Inclui o fim da legislação trabalhista, com a "prevalência do negociado sobre o legislativo" - isto é, que direitos previstos em lei possam ser rifados em acordos coletivos de trabalho.
Há legislação de proteção ao trabalho exatamente porque se sabe que, no embate com o capital, ele tem muito menos força para defender seus interesses. É isso que Temer está enterrando.
Para não ter nenhum problema, a proposta também limita drasticamente a possibilidade de que a justiça do trabalho seja acionada para rever um acordo coletivo.
Também é abolido o limite diário de oito horas de trabalho. Temer quer até 12 horas de trabalho por dia. Juntem isso com os 49 anos de contribuição para a aposentadoria e façam as contas.
Em troca, concede a alguns trabalhadores o direito de retirar uma parte do FGTS para quitar dívidas...
O anúncio perto do Natal certamente não é só sadismo. É para reduzir as reações contrárias. Temer e seu bando não acreditam que estão fazendo tudo o que estão fazendo e o país continua nesta pasmaceira.
Publicado originalmente em seu Facebook
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