Temer comprou silêncio de Cunha e de Geddel
"Todos se lembram. Quando Cunha foi preso, foi aquele auê. Depois de algumas estocadas contra o ex-aliado, Cunha silenciou. E está quieto até hoje, um ano depois do célebre encontro em que Temer disse a Joesley que "tem que manter isso", em relação à mesada de Cunha. A prisão de Geddel causou o mesmo frisson. Ele não aguenta ficar muito tempo. Vai delatar pra sair. Temer está ferrado. Mas não é que Geddel não abriu o bico a respeito dos 51 milhões que guardava num apartamento de Salvador?", avalia o colunista do 247 Alex Solnik;"Cunha e Geddel preferem continuar presos a delatar Temer porque Temer manteve intactos seus esquemas dentro do governo"
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Todos se lembram. Quando Cunha foi preso, foi aquele auê. Ele sabe tudo sobre Temer, vai delatar para sair da prisão. Depois de algumas estocadas contra o ex-aliado, Cunha silenciou. E está quieto até hoje, um ano depois do célebre encontro em que Temer disse a Joesley que “tem que manter isso”, em relação à mesada de Cunha.
A prisão de Geddel causou o mesmo frisson. Ele não aguenta ficar muito tempo. Vai delatar pra sair. Temer está ferrado.
Mas não é que Geddel não abriu o bico a respeito dos 51 milhões que guardava num apartamento de Salvador?
Uma pequena notícia de hoje explica o silêncio de Cunha e de Geddel: “aliado do ex-ministro Geddel Vieira Lima, Carlos Henrique Sobral deixará a chefia de gabinete da Secretaria de Governo para assumir a secretaria-executiva do ministério, informa Igor Gadelha, no Estadão. Será o número dois da Pasta, abaixo apenas do ministro Carlos Marun (MDB), aliado de Eduardo Cunha, no lugar de Ivani dos Santos, outra aliada de Geddel, convidada por Marun para assumir a Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres da Presidência”.
Cunha e Geddel preferem continuar presos a delatar Temer porque Temer manteve intactos seus esquemas dentro do governo. Temer comprou o silêncio dos dois com cargos que são do estado e não dele. Poderia ser considerado obstrução de Justiça se algum ministro do STF repetisse o feito de Gilmar Mendes que, sob essa justificativa, impediu a presidente Dilma de nomear o ministro Lula da Silva.
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