Temer, a relação com Nordeste e a lição do Caso Paraíba
O presidente Temer precisa rever urgentemente o parâmetro de relação institucional com a Paraíba, como de sorte com o Nordeste, porque este fosso a afetar a economia e a cidadania nordestina não terminará em bom caminho
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O Presidente da República, Michel Temer, reverberou durante muito tempo antecedente e durante o processo de Impeachment da presidenta Dilma Rousseff de que sempre adotaria o estilo pacificador e de diálogo permanente para enfrentar a fase difícil no País. Em poucas semanas de exercício no Poder, não tem sido isto o que ele vem empregando com os Governos dos Estados do Nordeste recusando contato e, mais recentemente, desconsiderando pedido formulado pelo Estado da Paraíba para resolver problemas urgentes em audiência.
Há, mais do que recusa por si só em curso. Aparenta, para quem conhece a politica nos 9 Estados do Nordeste, que a base de Situação do Governo Temer liderada pelo PSDB e PMDB nesses lugares, anda fazendo carga para que Sua Excelência definitivamente adote postura inversa ao que pregava tratando os Governos pelo filtro de Oposição.
Na prática, até mesmo Governo de sua base – vide o Rio Grande do Norte, já não suporta tanta indiferença daí, recentemente, o governador Robinson Faria ter aberto as baterias contra o Presidente considerando-o líder insensível.
ALÉM DO CASO RICARDO COUTINHO
Basta fazer uma sinopse das ultimas entrevistas concedidas pelos 9 governadores do Nordeste. Não há exceção, mesmo com o silêncio estratégico de Renan Filho em face do papel jogado por seu pai, senador Renan Calheiros, que defenda ou exalte o Governo Temer. Ao contrário, a maioria esmagadora reclamada de mau tratamento.
Significa dizer que os governadores Rui Costa (Bahia), Jackson Barreto (Sergipe), Renan Filho (Alagoas), Paulo Câmara (Pernambuco), Ricardo Coutinho (Paraíba), Robinson Faria (Rio Grande do Norte), Camilo Santana (Ceará), Flávio Dino (Maranhão) e Wellington Dias (Piaui) andam sistematicamente criticando a postura distante e descomprometida de Temer com o Nordeste.
A CAUSA POLÍTICA
Basta levantar a origem e a condição partidária para entender que a maioria dos Estados é governada por novos chefes do Executivo de espectro à esquerda, mesmo que tenham diálogos com os partidos ditos conservadores e tradicionais.
É no Nordeste onde reside o maior contingente de eleitores de lideranças socialistas na linha contrária ao que pensa e quer o Governo Temer, dai ele estar insistentemente afetado e envenenado por teses como a de Geddel Vieira Lima, só para ficar no caso da Bahia, em que Oposição é para tratar no pau com benesses apenas para os aliados.
Isto chama-se atraso bem longe da condição Republicana exigida e posta em prática nos últimos tempos.
A PARAÍBA É NOVO EXEMPLO
O governador Ricardo Coutinho está na lista dos pouquinhos Estados na atualidade pagando em dia, com superávit primária, ou seja, tendo condições de obter empréstimos para obras indispensáveis mas, conforme o líder socialista, seus adversários políticos – José Maranhão e Cássio Cunha Lima – trabalham duro para impedir qualquer beneficio à Paraíba.
A involução politica e institucional está apenas começando mas nem por isso deixando o governador de manter a serenidade e posição decidida de tocar a gestão mesmo enfrentando esses dissabores.
Em síntese, o presidente Temer precisa rever urgentemente o parâmetro de relação institucional com a Paraíba, como de sorte com o Nordeste, porque este fosso a afetar a economia e a cidadania nordestina não terminará em bom caminho.
É hora de rever, antes que seja tarde.
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