Tarja Preta

Dê Taís Araújo o perdão, quem sabe até a mão, ao pobre alvo irmão que das palavras o bom uso não lhe é familiar, quando fere, ofende e até faz chorar

Dê Taís Araújo o perdão, quem sabe até a mão, ao pobre alvo irmão que das palavras o bom uso não lhe é familiar, quando fere, ofende e até faz chorar
Dê Taís Araújo o perdão, quem sabe até a mão, ao pobre alvo irmão que das palavras o bom uso não lhe é familiar, quando fere, ofende e até faz chorar (Foto: Ricardo Fonseca)


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Dê ao homem de pensamento vazio a clara lucidez do ser humano. Dê ao homem que se perde na escuridão dos seus atos a rara beleza de um feixe de luz.

Dê a eles, elas ou a todos de ideias menos superiores a alforria em forma de verso, para a libertação de suas velhas almas aprisionadas no calabouço úmido e frio de seus corações de pedra, repleto de limo e ervas daninhas.

Dê a eles a essência do saber e poder amar, da atenção que tanto procuram, até quando suas palavras imprimem um machucar.

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Dê a força do sangue quilombola nato, que só o guerreiro incauto, de pele escura e cabelo enrolado em cacho, com beiço avantajado, feito aqueles dos Palmares podem dar.

Dê Taís* o perdão, quem sabe até a mão, ao pobre alvo irmão que das palavras o bom uso não lhe é familiar, quando fere, ofende e até faz chorar.

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Dê quem sabe um remédio, pra curar o velho tédio, a loucura, insanidade, mediocridade daquele sujeito  que tentou te insultar.

Pode ser um traja preta, da cor mais linda negra, morena, escura, mulata a se bronzear.

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Para ele dormir e sonhar, perceber que suas fracas palavras, até escritas, não faz nenhum sentido machucar.

A noite escura mostra o brilho da lua e as estrelas a cintilar, mas a mente nua e doente, de certa gente, traz dor, sofrimento e faz calar.

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Essa droga deles só faz mal a eles. Pois percorrem o seu corpo como uma cobra, e como cobra! Uma obra malacabada, de arquitetura arcaica do sobrado velho a desabar.

Sábias são as nossas palavras: Esperança!  Espero, esperar, que esperem esperando a longa espera que o esperar faz chegar.

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Vai chegar, ah isso vai... Nem que seja em forma de justiça, cadeia, prestação de serviço, reclusão ou prisão domiciliar.

Somos todos afrodescentes...  descendentes , dissidentes , sapientes, salientes...  entes!

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De negros, escravos, índios, malucos, mamelucos,  brancos e mulatos... de tanta gente, que ao certo nem imagino que caiba em mim.

Somos irmãos de todas as cores do mundo... Somos filhos de um só pai e uma só mãe: Deus e natureza, ponto!

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Somos uma beleza só, sem igual...  diferentes em nossas características físicas, mais iguais em nossa essência interior.

Não somos só um pequeno grão no deserto. De certo, somos um deserto inteiro. Uns com lagos, coqueiros e ventos naturais para se refrescar...  E outros, infelizmente, com apenas um sol  forte e quente, o mesmo que brilha para todos, a esturricar a pequena mente, que as pobres palavras preconceituosas  e obscuras, se dignaram a pronunciar.

Viva todas as raças e crenças, inclusive aquelas em extinção, dos animais pseudo-racionais em forma quase humana. Vazias, fúteis e inomináveis... Conhecidas apenas pelo péssimo hábito de preconceituar.

#SomosTodosBrasil  #SomosTodosNegros   #SomosTodosTaís

*Para Taís Araújo, filha, mãe, mulher, atriz.

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