Tânia Bacelar e o otimismo de quem conhece o seu povo
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No próximo fim de semana, irá ao ar, pela Rádio Brasil de Fato, TV247 e TVT, a última entrevista do Trilhas da Democracia do ano de 2021. Encerrando a série sobre a retrospectiva de 2021 es perspectivas para 2022, ouvimos a Economista e Professora Emérita da Universidade Federal de Pernambuco, Tânia Bacelar.
Passados dois anos e meio da entrevista concedida ao Trilhas da Democracia, em maio de 2019, Tânia Bacelar reafirmou a sua crítica ao liberalismo econômico e aos princípios gerais da ortodoxia econômica, levados hoje ao seu paroxismo pelas mãos do ministro da economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes.
Nas suas palavras: “O desafio da exclusão social e do tamanho da desigualdade no nosso país é insustentável. Eu sempre tive essa convicção. Quando eu vejo esses discursos liberais inflamados e eu penso no país que eu vivo, eu digo que isso não é para o Brasil, isso não dá certo aqui (...) É preciso mais investimento público, é preciso pensar na dimensão social, é preciso pensar no aproveitamento de um potencial fantástico que o Brasil tem e que é amortecido pela exclusão social”.
Porém, o que mais chamou a atenção na entrevista sobre o cenário socioeconômico nacional não foi a severíssima crítica feita ao liberalismo econômico, mas sim o enorme otimismo sobre o futuro do Brasil demonstrado pela economista (e socióloga) pernambucana, mesmo diante do quadro de destruição em que se encontra o país, passados três anos do (des)governo Bolsonaro.
Ainda que separado por uma tela de computador, senti na fala (e no olhar!) da mulher que tem a sua história vinculada à história da SUDENE e aos caminhos abertos por Celso Furtado a esperança depositada na capacidade que a universidade pública e seu corpo de cientistas têm de dar a volta por cima e de fazer com que o Brasil encurte o hiato que o separa da condição de uma sociedade do conhecimento.
A mesma esperança demonstrada na possibilidade de expansão da agricultura familiar, do paradigma da agroecologia e da força política das mulheres que trabalham no meio rural.
Que, em 2022, sejamos contaminados pelo vírus do otimismo de Tânia Bacelar – o otimismo de quem conhece o seu povo.
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