Tá lá, mais um corpo preto estendido no chão

Em vez de um rosto, uma exposição de fotos das vítimas do mesmo crime. Em vez de justiça, uma nota de esclarecimento



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Tá lá, mais um corpo preto estendido no chão
Em vez de um rosto, uma exposição de fotos das vítimas do mesmo crime.
Em vez de justiça, uma nota de esclarecimento
E as mesmas desculpas servindo de argumento.


Um cidadão que estava por perto filmou
Mas, em nenhum momento, com a vida daquele preto se preocupou.
É um crime que alguém sempre tenta relativizar
E faz um discurso a favor do opressor.


Veio o rabecão recolher os restos
Matar preto é um crime barato.
Por mais que surjam alguns protestos
A boa e velha impunidade prevalece de fato
E à qualquer hora da manhã ou da noite, mais um preto vai pro saco
Até quando vamos suportar? E então?


Tá lá, mais um corpo preto estendido no chão.
Em vez de uma revolta de todos, uma estatística a se confirmar
Em vez de uma mudança estrutural, um anti racismo culposo a mascarar.
Toda uma cordialidade que serve de amém.


Sem culpa, cada assassino defende o seu lado
Talvez, defendendo o projeto vitorioso do time.
Olhei mais um corpo preto no chão e pensei:
Serei eu a vítima do próximo crime?


Tá lá, mais um corpo preto estendido no chão.
Tá lá! Até quando?

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