Supremacistas no governo



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Assessor da área internacional de Jair Bolsonaro, Filipe Martins, estava sentado atrás do Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em audiência na Casa, quando foi flagrado pelas câmeras fazendo um gesto próprio dos supremacistas brancos.

O gesto com forma arredondada entre o indicador e o polegar, popularmente conhecida como “OK”, foi classificado como "uma verdadeira expressão da supremacia branca" pela Liga Antidifamação, organização dos Estados Unidos que monitora crimes de ódio.

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O gesto feito pelo assessor internacional, forma a letra “W” com os três dedos esticados, representando o White Power (Poder Branco). Um supremacista acusado de matar 51 pessoas em mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia, no início deste ano, fez o gesto quando estava no tribunal.

O historiador Paul Stocker, especializado em movimentos de extrema-direita, disse que esse gesto é feito para que supremacistas brancos se identifiquem. "É uma mensagem codificada para pessoas que conhecem e entendem o que a extrema-direita está fazendo, indicando aos principais apoiadores que eles são um deles", disse.

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Entidades judaicas no Brasil, como o Museu do Holocausto de Curitiba, também condenaram o gesto do assessor especial de Jair Bolsonaro. "É estarrecedor que não haja uma semana que o Museu do Holocausto de Curitiba não tenha que denunciar, reprovar ou repudiar um discurso antissemita, um símbolo nazista ou ato supremacista. No Brasil, em pleno 2021. São atos que ultrapassam qualquer limite de liberdade de expressão", manifestou-se a entidade.

Filipe defendeu-se afirmando que estava ‘ajeitando’ o paletó. Internautas publicaram fotos de Adolf Hitler com o braço estendido com os dizeres: “Ele estava se alongando”.

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O Presidente do Senado determinou que a Secretaria Geral da Mesa e a Polícia Legislativa da Casa, apurem o gesto do assessor que, segundo interlocutores de Bolsonaro, será afastado. O diplomata Ernesto Araújo também está ameaçado no cargo.

Não é de hoje que o universo nazista orbita em torno de Jair e Eduardo Bolsonaro. O presidente já deixou-se fotografar em uma barbearia cortando o cabelo no mesmo modelo do assassino responsável por uma guerra sangrenta e duradoura, e pela morte de milhões de pessoas de orientação judaica.

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Os intolerantes já não se reservam diante da brutalidade e inconsequência de seus atos, fazem questão de mostrar o que são, de que lado estão, porque sustentam alguém da mesma estirpe, que ignora trezentas mil mortes e continua atuando para que mais pessoas venham a perder a vida.

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