Suicídio político
De um voo de brigadeiro há anos, desde a introdução do Plano Real e, quando nossa moeda, lembram-se todos, valia mais do que a norte-americana, passamos por contratempos e atingimos níveis de horrores econômico e político lamentáveis
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Há pouco tempo, assistimos a um espetáculo trágico, quando um copiloto da Germanwings, aproveitando a folga do piloto que se deslocou até o toalete, fechou a porta de acesso à cabine e, de propósito, derrubou a aeronave, matando mais de 150 pessoas.
O que assistimos no Brasil não é diferente.
O partido que assumiu o poder tinha de tudo para levar o País à potência mundial e figurar entre as maiores economias do planeta, com estabilidade da moeda, redução da inflação e controle dos gastos públicos. A diferença é que, no comportamento que se viu, eles não praticaram o suicídio, e assim não fariam, mas a morte de sonhos, esperanças, do futuro de gerações, com atingimento de duplo produto interno bruto negativo e, acima de tudo, culpam sempre aos outros, desde a crise estrangeira, a maledicência da globalização, parlamentares que não ajudaram na aprovação de medidas no Parlamento e nunca, jamais, usariam as sandálias franciscanas para reconhecimento da própria culpa.
De um voo de brigadeiro há anos, desde a introdução do Plano Real e, quando nossa moeda, lembram-se todos, valia mais do que a norte-americana, passamos por contratempos e atingimos níveis de horrores econômico e político lamentáveis.
Comete-se o suicídio quando se fecha o olhar para o exterior, quando não se importa com o Brasil e se joga no lixo a esperança de milhões de brasileiros, com uma violência e mortes acima de países em guerra.
Nesse contexto, involuímos para uma economia terrível e que somente dez anos para frente serão necessários para que a aeronave estabilize-se e não sofra graves e inconsequentes turbulências.
Há uma manifesta falta de governabilidade e tanto assim que se propuseram a antecipar, por meio de plebiscito, as eleições, mas sem que o Brasil tenha um sossego nas finanças, na política de crise na situação dos funcionários, na reforma da previdência e, principalmente, no seu futuro, as eleições nada representam, com ou sem legitimidade popular, aquele que assume deve também evitar o suicídio politico.
E como fazer essa lição relevante, compondo uma equipe competente e de pessoas dotadas de meritocracia, sem o meio de campo com políticos que não possuam ficha limpa e traçando um futuro exuberante de crescimento e preservação dos serviços públicos, da eficiência e equalização das despesas.
É triste assistirmos parques de preservação mundial sem recursos financeiros, hospitais fechando e estabelecimentos de ensino sucateados, por uma politica econômica sem limites de gastos, na qual o social preenchia qualquer dúvida e dava as regras do jogo.
No entanto, as escolas continuam com um ensino desqualificado, os atendimentos públicos deixam filas e mais filas e, com tudo o que notamos, a cidadania corre sério risco da falência do poder público.
Os investimentos desapareceram forte e suficientemente, a fim de não termos confiança e credibilidade no exterior, precisamos virar o jogo e será olímpico para, talvez, não ganharmos medalhas, mas também não recuarmos no índice de desenvolvimento econômico e na visão que os estrangeiros ainda sentem e ressentem do Brasil.
A nobre classe politica desgastada, arranhada e que enxovalha o Brasil nos debates no cenário do Parlamento, agora, com a cara mais deslavada, se apresenta para eleições municipais como se fosse tudo transformado e mudado da água para o vinho, nada mais ilusório e pura mentira.
A programação do novo governo terá que fazer um engenhoso trabalho e de recuperação lenta e gradual da economia, dos índices, e sem se despreocupar com o social, programas adotados com entrega de casas com defeitos, sem equipamentos, com rachaduras e fissuras, nada disso interessa à sociedade civil, mas sim precisamos virar o aspecto de dar o peixe para ensinar a boa pescaria e graúda.
A história saberá contar em detalhes que os responsáveis pelo suicídio político causam default na economia e não podemos viver de sobressaltos de processos delongados de impeachment e total falta de governabilidade.
Farsa, golpe, traição, ausência de dolo, todas as expressões foram usadas e repetidas, mas não mudam a realidade do País de hoje.
Não querem enxergar e sonegam à população o que fizeram e mudaram o horizonte de crescimento e desenvolvimento para uma subnação, na qual os estereótipos predominam e as facções criminosas dominam o que é mais danoso, a cada dia, uma tragédia de desvio de dinheiro, de surrupio e de corrupção.
O Estado Brasileiro deve ser reduzido ao máximo e revisto o modelo federativo, com repercussão na receita e na sua distribuição.
Permaneceremos indignos dos conceitos de desenvolvimento, se nos acostumarmos às esmolas do estado malfeitor e de construtor de esqueletos em obras públicas, as quais não terminam e simplesmente sofrem aditamentos milionários, sem fiscalização e, quando nos deparamos, jorraram o dinheiro do contribuinte.
No momento, o Estado só fala em aumento de impostos e controle das despesas, mas, antes de mais nada, precisa traçar diretrizes e acabar com a desmesurada máquina pública e reorientar a sua política para cortar na carne o que é supérfluo e não ousar mais destruir as pilastras da Nação.
A cidadania não se sentirá recompensada enquanto não reconstruir os sonhos que lhe foram retirados mediante promessas e maciças propagandas ilusórias, de engano, do estelionato político que tanta ruína provocou no Brasil contemporâneo.
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