Subserviência declarada
“Vamos ler menos The New York Times, e mais José de Alencar e Gonçalves Dias”. Esta foi uma frase marcante do discurso de posse do atual ministro/chanceler do Brasil, e que hoje se torna esmaecida diante dos últimos acontecimentos...
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O histórico da chancelaria e diplomacia no Brasil, efetivamente se inicia em 1945 com a fundação do Instituto Rio Branco. O centenário do nascimento do Barão do Rio Branco: foi motivacional para que se inaugurasse tal edifício. O barão de Rio Branco foi considerado o pai da diplomacia no Brasil. O instituto se tornou uma Escola de aperfeiçoamento e formação na carreira diplomática.
Mais de 2.000 diplomatas são oriundos de esta estrutura sólida que há setenta e cinco anos vem capacitando os aspirantes ao mundo ético da diplomacia. O ingresso para o Instituto Rio Branco se dá através de concurso, e isso é importante. Seleção, formação e aperfeiçoamento constituem o tripé de sucesso que faz do Instituto em questão, um marco na evolução da diplomacia brasileira.
O Ministério das Relações Exteriores está nas mãos de um ministro que foi nomeado pelo então presidente da República, eleito em 2018. E sob um pano de fundo atípico, ou seja, tivemos uma campanha recheada de Fake News, a ponto de hoje existir uma investigação a respeito, através de uma CPI que é formada por 15 deputados e 15 senadores. O uso de perfis falsos para influenciar o resultado das eleições é uma das finalidades de esta CPI.
E o que a representação ministerial das Relações Exteriores tem a ver com isso? Na última sexta-feira, dia 18, durante uma visita do secretário dos Estados Unidos Mike Pompeo ao Brasil, vimos à tradição diplomática ser transfixada por uma postura submissa em relação a nossa soberania, já que o Sr. Mike, entre outras declarações disse (se referindo ao presidente Nicolás Maduro) da Venezuela: “Nós vamos tirá-lo de lá”.
Na realidade a chancelaria nacional permitiu que o país se transformasse em uma ponte para travessia de grupelhos reacionários norte-americanos.
Ernesto Araújo, chanceler brasileiro, que passou pelo Instituto Rio Branco; durante a visita do representante mor de Donald Trump, disse ser uma honra poder ajudar o país do Tio Sam; e o artigo escrito pelo ministro das Relações Exteriores intitulado: “Trump e o Ocidente” deixa isso transparente...
A situação foi séria, tanto que ex-ministros das Relações Exteriores de governos pretéritos, inclusive Fernando Henrique Cardoso se uniram para repudiar a subserviência declarada de um representante que parece ter confundido diplomacia com submissão.
“Vamos ler menos The New York Times, e mais José de Alencar e Gonçalves Dias”. Esta foi uma frase marcante do discurso de posse do atual ministro/chanceler do Brasil, e que hoje se torna esmaecida diante dos últimos acontecimentos...
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