Subchefe do Estado Maior do Exército pressionou por golpe
'Mensagens do celular do tenente-coronel Mauro Cid mostram que havia um grupo no Exército conspirando contra a democracia', escreve o colunista Alex Solnik
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As revelações do celular do ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, vazadas agora há pouco, colocam as investigações sobre o 8/1, a CPMI incluída, em outro patamar.
Mostram que havia um grupo dentro do Exército conspirando contra o estado democrático de Direito.
O único nome conhecido até aqui é o do coronel Jean Lawand, subchefe do Estado Maior do Exército.
“Cid, o homem tem que dar a ordem. Se a cúpula do Exército Brasileiro não está com ele, da divisão para baixo, está”, diz ele. “Ele não pode recuar agora”, diz Lawand em outra mensagem, dando a entender que Bolsonaro estimulou o golpe até um certo ponto e na hora H amarelou. “Ele não tem nada a perder”, continua o coronel, “ele vai ser preso. E, pior, na Papuda”.
Outra mensagem atribuída a “grupo de militares” questiona: “Vai ter careca sendo arrastado por blindado em Brasília”? “A ruptura institucional já começou” diz outra mensagem desse grupo.
Também veio à tona uma conversa entre a mulher de Mauro Cid e Ticiana Villas Boas, filha do general Eduardo Villas Boas “Estamos num momento tenso”, diz Gabriela Cid, “temos que pressionar o Congresso”. “Ou isso ou a queda do Moraes”, diz Ticiana.
É óbvio que o coronel Jean Lawand fará companhia a Mauro Cid na cadeia depois de virem a público suas declarações.
E o principal foco das investigações de agora em diante será descobrir quem participou do grupo golpista dentro do Exército. Todos deverão responder pelo crime de tentativa de golpe de estado.
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