STF e a fidelidade tucana
A proteção da JuSStiça ao tucanato não é de hoje. Como dizem, quem acha que “Deus é fiel” é porque não conhece a relação sinistra entre o STF e o PSDB. Mas “o que importa é que tiramos o PT!”
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Quem não se lembra do diálogo do golpe entre Jucá e Machado? Impossível esquecer:
“Tem que mudar o governo para estancar essa sangria...Tem que ter um impeachment... Conversei ontem com uns ministros do Supremo. Os caras dizem ‘ó, só tem condições de... sem ela [Dilma]. Enquanto ela estiver ali, a imprensa, os caras querem tirar ela, essa porra não vai parar nunca... Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel [Temer]... É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional...Com o Supremo, com tudo!”
E não é que a coisa funcionou e continua funcionando?
A proteção da JuSStiça ao tucanato não é de hoje. Em mais de 20 anos de (des)governos do PSDB no Estado de São Paulo, por exemplo – sim, depois os nordestinos é que não sabem votar! – os casos de corrupção são vários.
AH! E vale lembrar que toda a história de corrupção envolvendo a Petrobrás foi reconhecida pelo ex-presidente (e cabeça do golpe de 2016) Fernando Henrique Cardoso, também do PSDB. Mas, como diria um certo juiz (sic) com penas pavonais e tucanas, “não vem ao caso”.
(Talvez a inveja de tanto ouvir o nome de Lula na imprensa tenha feito com que o sociólogo reconhecesse em seu livro Diários da Presidência que, em 1996, foi avisado sobre o que acontecia na Petrobrás. Mas de nada adiantou, afinal, a imprensa ignorou aquele que deveria o verdadeiro “pai do petróleo”. Outra hipótese para sua confissão, seria sua senilidade, substanciada por tantas outras declarações nem tão comprometedoras, mas absurdas, como a defesa inconteste de Alckmin e a retomada de crescimento econômico pelo governo golpista – se continuar assim, FHC pode ser alterado para “FgagáC”).
E o que dizer do incêndio criminoso nos arquivos do Metrô de São Paulo, em 2013? Mais de 15 mil caixas de documentos que serviriam de provas contra o esquema de formação de cartel nas licitações realizados pelos (des)governos do PSDB – de Covas, José Serra e Alckmin – viraram cinzas.
E a Máfia da Merenda Escolar? Desvio de verbas milionárias da comida (sim, C-O-M-I-D-A!) de crianças para abastecer o tal caixa 2 do então candidato – eleito posteriormente – Geraldo Alckmin.
(Lembro aqui que não se pode chama-lo de “Ladrão da Merenda”, pois ele não gosta!)
Temos ainda os casos do assassinato – tratado como suicídio, tal como nos sombrios tempos ditatoriais – do policial civil Lucas Arcanjo, que denunciava os esquemas para lá de ilícitos do senador Aécio Neves (olhem só! Também do PSDB!). E aquela modelo, Cristina Aparecida Ferreira, assassinada em 2000 – e tal como Arcanjo, inicialmente tratado como suicídio – que faria o transporte do dinheiro do chamado “Mensalão Tucano” de Minas Gerais.
Temos também a Lista de Furnas, cuja autenticidade foi comprovada pela Polícia Federal. Lembram-se dela? Mais uma vez, dinheiro ilícito correndo solto para as campanhas do PSDB. Mas isso não importa: arquiva-se! Afinal, um senador que mataria até o primo para escapar de acusações, só pode ser inocente.
A mais recente articulação foi a liberação do operador do PSDB, Paulo Preto, pelo decano (ou seria deTUCANO?) Gilmar Mendes – que, vale reforçar, também está presente na Lista de Furnas! Justo no momento em que ele ameaçava delatar os caciques do PSDB. Quanta sorte de FHC, José Serra, Geraldo Alckmin e cia., não é mesmo? E olhem só que coisa: enquanto estava preso, por dois dias seguidos, mesmo com a presença do caseiro, bandidos invadiram sua casa e roubaram dois cofres!
(Coincidências tucanas! O que será que esses cofres continham?)
E deram sorte também quando Eduardo Campos morreu no suspeitíssimo acidente, assim como a do então relator da Lava-Jato, Teori Zavascki, às vésperas de entregar e denunciar nomes de políticos tucanos.
Engraçado que essa mesma gentalha, durante os governos petistas, vivia bradando aos quatro cantos que o PT estava aparelhando o Estado; que o PT era uma organização criminosa. Já pensou se isso fosse verdade? O que seria o PSDB e seus fiéis defensores?
Como dizem, quem acha que “Deus é fiel” é porque não conhece a relação sinistra entre o STF e o PSDB.
Mas “o que importa é que tiramos o PT!”
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