Sputnik V é uma vitória do Consórcio Nordeste

A aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) das vacinas Sputnik V, da Rússia, e Covaxin, da Índia, foi comemorada pelos governadores do Consórcio Nordeste e Consórcio Amazônia



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A aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) das vacinas Sputnik V, da Rússia, e Covaxin, da Índia, foi comemorada pelos governadores do Consórcio Nordeste e Consórcio Amazônia. Mesmo com a série de restrições impostas pela Anvisa, que tem seguidamente dificultado a aprovação de todas as vacinas, desde o início da pandemia da covid-19, há motivo de real comemoração. Além do significado sanitário, há um componente de vitória política dos governadores do Consórcio Nordeste.

Essa vitória se justifica pela verdadeira guerra declarada pelo presidente Jair Bolsonaro contra os governadores e prefeitos, desde as primeiras decisões de lockdown ou restrições da circulação de pessoas e atividade econômica, tomadas pelos gestores de estados e municípios, por volta de março de 2020. Ao tentar impedir decisões de caráter sanitário, no sentido de conter a transmissibilidade do novo coronavírus e reduzir o número de casos e mortes, Bolsonaro sofreu uma primeira derrota, que acirrou a guerra contra os governadores.

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Incrédulo, Bolsonaro viu o Supremo Tribunal Federal (STF) decretar a autonomia de estados e municípios quanto à tomada de decisões sanitárias no combate à covid-19, portanto, a impotência do Governo Federal em anular decisões, consideradas de oposição política, tomadas nas esferas estaduais e municipais. Bolsonaro continua cometendo crimes de responsabilidade em sequência, além de crimes contra a saúde pública, ao promover aglomerações de multidões sem máscara, não comprar vacinas, defender tratamento precoce, etc.

Sob ataque

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Como se sabe, os nove governadores do Consórcio Nordeste são de partidos de esquerda ou centro-esquerda, adversários do inquilino do Palácio do Planalto, assim como o governador de São Paulo, João Dória, um ex-bolsonarista que foi para a oposição, após ser visto como provável ameaça eleitoral em 2022. Todos eles têm sido atacados, de diferentes formas, pelo posicionamento político-ideológico do governo central, que em seu extremismo e desespero para se manter no poder, sabota os esforços para salvar vidas e vencer o vírus.

No contexto de tal guerra híbrida, promovida pelo presidente da República, seus ministros e assessores, que atuam em células como o gabinete do ódio e o gabinete paralelo, ficou claro para os governadores a iminente impossibilidade de vacinar a população brasileira. E sendo assim restou a decisão de resistir e confrontar Bolsonaro, se articulando enquanto entes federativos independentes, como o Consórcio Nordeste e o Fórum de Governadores do Brasil, para buscar saídas ao caos e ao massacre brasileiro atual.

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Chegando nos 500 mil mortos por covid-19, o Brasil assiste, impotente, o iniciar da chamada 3ª onda da pandemia, com a proliferação das mais diversas variantes do novo coronavírus, inclusive a indiana, a superlotação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o aumento vertiginoso do número de mortes. E somente o esforço de setores progressistas, como os governadores nordestinos, será capaz de acender a chama da esperança de vencer ao mesmo tempo os dois inimigos comuns: Bolsonaro e o novo coronavírus.

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