Sobrou a Tebet renúncia para salvar MDB diante da arrancada lulista

MDB e PSDB, ao contrário de 2018, não têm mais tempo de esperar para decidir no segundo turno; é agora ou nunca; entraram em sinuca de bico

Simone Tebet e Lula
Simone Tebet e Lula (Foto: MDB Nacional | Ricardo Stuckert)


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Arrancada fulminante de Lula no Datafolha – 47 % x 28% - comprova que população tem memória viva sobre o que lhe interessa; o ex-presidente está arraigado no subconsciente popular para ganhar já no primeiro turno; ao mesmo tempo o resultado da pesquisa mostra que a terceira via morreu no nascedouro, com a candidata Simone Tebet, restando-lhe, para salvar o MDB, a renúncia e o apoio ao ex-presidente; mesma alternativa sobrou para PSDB, que desistiu de lançar candidato próprio, até o momento; ou ambos repetiriam o desastre de 2018, abandonando social democracia para apoiar o fascismo bolsonarista, colhendo como resultado o desastre neoliberal antipopular?

De novo MDB e PSDB estão diante do mesmo impasse; a situação dos dois partidos está piorada em relação a quatro anos, quando fizeram a opção fascista no segundo turno; contribuiram, perigosamente, para ameaçar a democracia, como se viu frente ao destemperado presidente capitão; agora estão sob pressão para tomar decisão oposta no primeiro turno; o desastre Simone Tebet antecipa o jogo da emedebista que caiu de 2% para 1% na DataFolha; o PSDB, nem se fala; prevendo desastre antecipado, sequer ousou ir à luta; ficou na expectativa da possibilidade de sucesso de Simone; o barco dela afundou antes da hora; em 2018, ambos os partidos, tiveram tempo para optar entre social democracia com Fernando Haddad(PT), apoiado por Lula, ou fascismo com Bolsonaro, antes do segundo turno; preferiram a segunda a opção e faturaram, favorecidos pelo movimento midiático ancorado no fake news do antipetismo; naquele momento, ambos os partidos já estavam baleados, eleitoralmente, pois seus candidatos sequer chegaram aos 2%, cada qual, sem chances de disputar segundo turno; sobreviveram apoiando o neoliberalismo bolsonarista, como sub-forças marginais.

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QUADRO MUDOU GERAL

Agora, a DataFolha mostra que tal opção – a de repetir apoio a Bolsonaro para favorecer sua reeleição –, em vez de melhorar situação, piorou; os tucanos caíram na real, desistindo de candidatura própria, e o MDB ainda viajou na maionese, com Simone, até a queda de 2% para 1% enterrar, definitivamente, suas chances; fica comprovado com o tombo emedebista o desastre eleitoral antecipado; a ala do MDB ligado a Lula, capitaneada pelo senador alagoano Renan Calheiros, de Alagoas, é o vencedor da luta interpartidária; sem chão, Tebet, com essa queda de 100% nas suas possibilidades, que a transforma em pó, não tem outra alternativa: renunciar a sua candidatura para apoiar Lula ou destruir o partido; mesma coisa, acontece, relativamente, ao PSDB; os dois repetiram a farsa de 2018, agravada pela destruição neoliberal bolsonarista que apoiaram nos últimos quatro anos?

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Com Lula, no poder, ainda teriam alguma chance de sobrevivência, para tentarem se recompor como partidos regionais nas próximas eleições municipais, em 2024; confirmariam influências decisivas como forças políticas historicamente reconhecidas na composição no jogo parlamentar; é o que tem acontecido, desde início da Nova República, no pós ditadura militar, configurando origem do Centrão como poder decisivo; o MDB jamais se mostrou partido de chegada, sobrevivendo como força marginal, enquanto o PSDB, depois de ter ocupado o poder com FHC, perdeu-se no neoliberalismo do Consenso de Washington, tal como Bolsonaro; o desastre econômico neoliberal pós golpe de 2016, agravado pela pandemia e a agora pela guerra na Ucrânia, sinalizando conflito mundial, fatores agravantes para a opção neoliberalizante, inviabilizaram fascismo bolsonarista, como comprova pesquisa DataFolha; nesse contexto, que antecede as eleições, MDB e PSDB, destruídos, eleitoralmente, de forma antecipada, poderão desaparecer no jogo político formado por federações de partidos; estas já sinalizam emergências de outras forças, especialmente, as que estarão alinhadas com Lula, vitorioso à luz das pesquisas. MDB e PSDB, ao contrário de 2018, não têm mais tempo de esperar para decidir no segundo turno; é agora ou nunca; entraram em sinuca de bico.

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