Sobrou a Tebet renúncia para salvar MDB diante da arrancada lulista
MDB e PSDB, ao contrário de 2018, não têm mais tempo de esperar para decidir no segundo turno; é agora ou nunca; entraram em sinuca de bico
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Arrancada fulminante de Lula no Datafolha – 47 % x 28% - comprova que população tem memória viva sobre o que lhe interessa; o ex-presidente está arraigado no subconsciente popular para ganhar já no primeiro turno; ao mesmo tempo o resultado da pesquisa mostra que a terceira via morreu no nascedouro, com a candidata Simone Tebet, restando-lhe, para salvar o MDB, a renúncia e o apoio ao ex-presidente; mesma alternativa sobrou para PSDB, que desistiu de lançar candidato próprio, até o momento; ou ambos repetiriam o desastre de 2018, abandonando social democracia para apoiar o fascismo bolsonarista, colhendo como resultado o desastre neoliberal antipopular?
De novo MDB e PSDB estão diante do mesmo impasse; a situação dos dois partidos está piorada em relação a quatro anos, quando fizeram a opção fascista no segundo turno; contribuiram, perigosamente, para ameaçar a democracia, como se viu frente ao destemperado presidente capitão; agora estão sob pressão para tomar decisão oposta no primeiro turno; o desastre Simone Tebet antecipa o jogo da emedebista que caiu de 2% para 1% na DataFolha; o PSDB, nem se fala; prevendo desastre antecipado, sequer ousou ir à luta; ficou na expectativa da possibilidade de sucesso de Simone; o barco dela afundou antes da hora; em 2018, ambos os partidos, tiveram tempo para optar entre social democracia com Fernando Haddad(PT), apoiado por Lula, ou fascismo com Bolsonaro, antes do segundo turno; preferiram a segunda a opção e faturaram, favorecidos pelo movimento midiático ancorado no fake news do antipetismo; naquele momento, ambos os partidos já estavam baleados, eleitoralmente, pois seus candidatos sequer chegaram aos 2%, cada qual, sem chances de disputar segundo turno; sobreviveram apoiando o neoliberalismo bolsonarista, como sub-forças marginais.
QUADRO MUDOU GERAL
Agora, a DataFolha mostra que tal opção – a de repetir apoio a Bolsonaro para favorecer sua reeleição –, em vez de melhorar situação, piorou; os tucanos caíram na real, desistindo de candidatura própria, e o MDB ainda viajou na maionese, com Simone, até a queda de 2% para 1% enterrar, definitivamente, suas chances; fica comprovado com o tombo emedebista o desastre eleitoral antecipado; a ala do MDB ligado a Lula, capitaneada pelo senador alagoano Renan Calheiros, de Alagoas, é o vencedor da luta interpartidária; sem chão, Tebet, com essa queda de 100% nas suas possibilidades, que a transforma em pó, não tem outra alternativa: renunciar a sua candidatura para apoiar Lula ou destruir o partido; mesma coisa, acontece, relativamente, ao PSDB; os dois repetiram a farsa de 2018, agravada pela destruição neoliberal bolsonarista que apoiaram nos últimos quatro anos?
Com Lula, no poder, ainda teriam alguma chance de sobrevivência, para tentarem se recompor como partidos regionais nas próximas eleições municipais, em 2024; confirmariam influências decisivas como forças políticas historicamente reconhecidas na composição no jogo parlamentar; é o que tem acontecido, desde início da Nova República, no pós ditadura militar, configurando origem do Centrão como poder decisivo; o MDB jamais se mostrou partido de chegada, sobrevivendo como força marginal, enquanto o PSDB, depois de ter ocupado o poder com FHC, perdeu-se no neoliberalismo do Consenso de Washington, tal como Bolsonaro; o desastre econômico neoliberal pós golpe de 2016, agravado pela pandemia e a agora pela guerra na Ucrânia, sinalizando conflito mundial, fatores agravantes para a opção neoliberalizante, inviabilizaram fascismo bolsonarista, como comprova pesquisa DataFolha; nesse contexto, que antecede as eleições, MDB e PSDB, destruídos, eleitoralmente, de forma antecipada, poderão desaparecer no jogo político formado por federações de partidos; estas já sinalizam emergências de outras forças, especialmente, as que estarão alinhadas com Lula, vitorioso à luz das pesquisas. MDB e PSDB, ao contrário de 2018, não têm mais tempo de esperar para decidir no segundo turno; é agora ou nunca; entraram em sinuca de bico.
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