Sobre jornalismo abutre e “influenciadores” que se inspiram na sua musa maior: a grávida de Taubaté
Por um lugar ao sol no Tiktok, rede que mais possui apelo entre adolescentes, jovens contam histórias mais absurdas do que a grávida de Taubaté
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Por esses dias eu vi uma esquete do canal Embrulha pra Viagem, estrelada pelo talentoso colega Willian Mezzacapa (vou deixar o link para vocês abaixo) que aponta uma situação patética em que um casal forja vários acidentes para gerar likes e ganhar engajamento através da comoção dos desavisados seguidores.
Eu rachei o bico com o vídeo. No entanto, o que deveria ser algo muito distante da realidade e por isso cair num lugar esdrúxulo, não é.
Por um lugar ao sol no Tiktok, rede social que mais possui apelo entre adolescentes, jovens contam histórias mais absurdas do que a grávida de Taubaté e se dão muito bem com isso
Casos temos aos montes, mas destaco um aqui que chamou atenção.
Uma jovem viralizou ao dizer que seu próprio pai criou uma conta no OnlyFans para segui-la. A menina em questão vende seus trabalhos na rede.
Ela imediatamente ganhou o mundo e milhares de novos seguidores. Ganhou dinheiro também.
Fama e sucesso, que beleza.
No entanto, uma jornalista ficou encucada com o fato e começou a cutucar a jovem. Encurralada, a mesma confessou que tal fato nunca ocorreu.
No entanto, o vídeo em que a jovem desmente o ocorrido não teve 1% da divulgação que o mentiroso obteve.
Num mundo em que pessoas buscam muito mais o cenário de um restaurante para tirar uma foto instagramável do que saber sobre o sabor da comida, não faz mais sentido se algo é mentiroso ou não. Vale tudo por um lugar ao sol de milhões de seguidores, publis e viagens paradisíacas.
Até quando teremos discernimento para separar o que é real do que é falso? Num mundo onde a estética cada vez se sobrepõe à essência, na terra de ninguém das redes sociais, considero uma questão essencial.
Mas ao abordar a questão da responsabilidade ao comunicar algo ao coitado do receptor, penso que a era da mentira e irresponsabilidade não é novidade e inspirou milhares de mentirosos atuais.
Vamos falar de escola base? da cobertura absurda que Sônia Abrão fez do caso da menina Eloá? Dou apenas dois exemplos entre milhares. O modus operandis “abutre” de ser, que nunca foi penalizado de forma correta, inspira e se repete.
https://www.youtube.com/watch?v=xDgXigCb4j0&ab_channel=EmbrulhaPraViagem
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