Sobre a guerra
A guerra interessa sobretudo a empresas, a governos e traficantes de armas. Não interessa a população civil, no geral a que perde com os conflitos
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Desde a publicação do famoso romance “Por quem os sinos dobram", sobre a guerra civil espanhola, os discursos contra a guerra só fizeram aumentar. Não é possível fazer apologia da Primeira Guerra Mundial, porque criou as condições para a revolução de Outubro ou da Segunda Grande Guerra , por ter levado a derrota de Hitler e a hegemonia econômica e militar norte-americana.
A guerra interessa sobretudo a empresas, a governos e traficantes de armas. Não interessa a população civil, no geral a que perde com os conflitos. Portanto, torcer pela guerra, sem ganhar nada com isso, deve ser obra de uma engenharia política que aposta no chauvinismo e numa espécie de nacionalismo de direita, racista, xenófobo e militarista.
Os economistas Paul Baran e o suíço Swezy explicaram que a guerra é um excelente instrumento de acumulação de capital na época do capitalismo monopolista. Por isto, periodicamente se faz a guerra - na casa dos outros - para se vender armas, contratos milionários de reconstrução nacional ou empréstimos vultosos. Alguém chamou o patriotismo guerreiro de "socialismo dos tolos", sem nada a ganhar. É ser apenas massa de manobra ou bucha de canhão dos patrocinadores da Guerra.
A identificação nacional com uma bandeira, um símbolo ou uma igreja ou religião, não deveria produzir uma cegueira moral na população para que ela torça por este ou aquele lado, ou exército ou governo. Como diziam os antigos anarquistas: nem pátria, nem patrão. A comunidade humana. Está Sim, sem cor, sexo, etnia, religião ou classe social.
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