Só o povo, nas ruas, salvará a democracia

(Foto: Pablo Vergara/MST-RJ)


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Após o ensaio de caos bolsonarista, no 7 de setembro, a quarta-feira foi de refluxo autoritário com paralisações de caminhoneiros em pelo menos 14 estados do Brasil. É razoável a hipótese de que tudo isso seja uma tática dos setores reacionários do agro (tóxico) negócio, que desde a colônia mantém os seus privilégios em cima da morte e da exploração do povo brasileiro: com o bloqueio das rodovias a bolsa de valores cai, o dólar sobe e o lucro aumenta com a exportação de suas commodities envenenadas.

Parte da sociedade civil segue atônita, decepcionada com os murmúrios de repúdio dado pelo presidente do STF, o carioca simpático ao lavajatismo. Outros, indignados com o mais do mesmo comportamento já esperado do delirante presidente da Câmara dos Deputados e do conhecido Poste Geral da República. O presidente do senado segue candidato a bombeiro do governo. Como diz o ditado: “de onde menos se espera, dali mesmo é que não vem!”.

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Mas há quem acredite que “as instituições” vão tomar uma atitude para conter o fascista facínora que elas mesmas ajudaram a chegar ao poder. Não devemos nos esquecer que foram tais instituições - o STF, a Câmara Federal e o Ministério Público - que conspiraram, em sinergia, para golpear Dilma e impedir a candidatura de Lula. Elas nos trouxeram até aqui! Estes, que hoje se apresentam como os últimos guardiões da nossa estuprada democracia, foram os primeiros a maltratá-la em nome dos seus interesses de classe.

As instituições não se protegem sozinhas. Não há como esperar que, sem pressão política da população organizada, nas ruas, qualquer atitude institucional seja tomada contra Bolsonaro. Lula pode viajar e conversar com todos os políticos de centro e da direita, inclusive aqueles que apoiaram o impeachment e sua prisão. Mas, até aqui, sequer temos a segurança de que haverá eleições no ano que vem ou de que seu resultado será respeitado. Qualquer governo popular não terá sustentação sem um amplo e permanente apoio popular. O PT já cometeu esse erro uma vez – o de prezar pela institucionalidade e a articulação entre caciques políticos em detrimento da organização e da formação da consciência popular - e, pelo visto, caminha para reincidir no honesto equívoco.

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O protagonismo político para a defesa da democracia só poderá vir das ruas, com a população organizada. A ação das instituições depende disso. Nesse sentido, Bolsonaro faz certo – só que com intenções contrárias – ao estimular que sua horda horrorosa de fanáticos pressione os políticos e o sistema de justiça. É um óbvio ululante que o campo democrático deve proteger as instituições. Mas também é evidente que, sem organização e mobilização popular, elas pouco poderão fazer para conter o avanço neofascista. Não vale a pena esperar apenas das instituições uma solução que só poderá vir das ruas. Lula precisa liderar, com o povo, a vitória da democracia no Brasil.

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