Skaf, eu prefiro pagar o pato do que pagar o mico



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Não aguento mais ver Paulo Skaf na TV. Ele não é fotogênico, não é simpático e seu discurso é um sofisma do início ao fim. Pode não ser dele e sim de algum marqueteiro, mas que é mequetrefe, é.

Diz o presidente da Fiesp que a gente já paga uma tonelada de impostos e exemplifica: quando você compra tal objeto, metade é imposto; ao comprar aquele outro, 25% de imposto etc. E então ele conclui que o governo está querendo aumentar os impostos ainda mais e conclama a população a se indignar: "não pague o pato".

O "pato" de Skaf é a nova CPMF, que no passado foi criada para ajudar a Saúde e agora para salvar o orçamento do ano que vem e de alguns próximos. Se Skaf quisesse abrir uma discussão honesta deveria dizer que, ao contrário do que ocorre com outros produtos (50% de imposto) a CPMF preconizada incidirá em apenas 0,20% sobre a movimentação financeira do cidadão: em cada 100 reais ele doará 20 centavos ao governo.

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Se quisesse abrir uma discussão civilizada, Skaf deveria dizer que, na situação econômica em que estamos não há outra saída senão impostos e este da CPMF, convenhamos, até que é razoável.

Nenhum outro governo que eventualmente assumisse no lugar do atual encontraria outra solução para o país sair do buraco. Não adianta mais discutir porque caímos nele. Inês é morta. Cabe agora tratar de sairmos. Estamos cansados de ver e o exemplo mais recente é o da Grécia: é melhor pagar um pouco mais de imposto do que entrar num regime de austeridade, que implica em menos investimento e mais desemprego.

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É por isso que eu prefiro pagar o que Skaf chama de "pato" em vez de pagar o mico de vê-lo falando sofismas na TV que só servem para reforçar a posição de deputados e senadores irresponsáveis que fogem da CPMF como o diabo foge da cruz. A prevalecer tal posição todos os brasileiros corremos o risco de ser crucificados.

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