Sinais de esperança que vêm da Espanha
Os sinais espanhois estão na contramão do mundo gestado pelo ódio do Trump, mimetizado grotescamente por Bolsonaro e conduzido sob a onda mitômana de Steve Bannon. Aliás, Bannon abraçou o partido espanhol de extrema-direita Vox, que felizmente teve desempenho decepcionante
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A vitória do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), que pode garantir a manutenção de Pedro Sánchez no Palacio de La Moncloa, emite um sinal para o mundo. A legenda conquistou 123 cadeiras do parlamento, um crescimento expressivo em relação às 84 atuais e a melhor marca desde 2008. Por outro lado, o partido do franquista Mariano Rajoy, do Partido Popular (PP) caminhou para o mesmo fim do seu congênere no Brasil, o PSDB, um revés avassalador que encolheu a sua bancada pela metade.
Os sinais espanhois estão na contramão do mundo gestado pelo ódio do Trump, mimetizado grotescamente por Bolsonaro e conduzido sob a onda mitômana de Steve Bannon. Aliás, Bannon abraçou o partido espanhol de extrema-direita Vox, que felizmente teve desempenho decepcionante. O Vox representa uma linha política que não pisava no Parlamento há 40 anos.
Na sexta-feira (26), em seu penúltimo comício, o premiê Pedro Sánchez, alertou sobre a barbárie que avança em muitos países, entre eles o Brasil. Citou as eleições de Donald Trump, nos Estados Unidos, e de Jair Bolsonaro, no Brasil, e do susto provocado pela extrema-direita na Finlândia, que quase foi alçada ao poder. "O perigo existe e é real", disse.
Os episódios contrahegemônicos da Espanha e da Finlândia abrem algumas abas. Realmente o perigo é real, existe, e somos testemunhas. O Brasil é subordinado à ingovernabilidade, como atestou o presidente Lula. Uma falange de loucos. O povo brasileiro, aos poucos, acorda da hipnose midiática e da criminalização da política que os acometeram nos últimos anos e, assim, os índices de popularidade e confiança no governo de malucos se esfarela rapidamente. O esvaio também erradia sinais conexos com aqueles vindos da Europa.
Bolsonaro descendo escadaria abaixo é um reflexo americano. Trump sabe que a reeleição será o seu maior desafio. Seu ocaso é o ocaso do ódio, a interrupção de um movimento anticivilizatório que permeia o planeta atualmente. Uma derrota, provável, se chocaria tragicamente com o plano bolsonarista, em apoio popular decrescente e sem sua principal referência em evidência.
As placas tectônicas se movem igualmente na Argentina. Macri, o gênio liberal que levaria os argentinos à Terra Prometida onde jorra leite e mel, entrega uma nação na miséria, desemprego em alta, inflação descontrolada que importa uma velharia econômica acionada por Sarney em 1986. Cristina Kirchner, com lawfare e com a elite lutando contra, é cotada para vencer as eleições presidenciais, com vantagem de quase 10 pontos nas sondagens de opinião.
Vale dizer que Lula, em sua entrevista ao El País e à Folha, previu a vitória do PSOE e acredita no êxito da Cristina Kirchner na Argentina.
Há uma irradiação de esperança que parece se espalhar pelas nações, algumas acometidas pelo fascismo e políticas antipovo. Fenômenos como Bolsonaro, Trump e Orbán, tendem a ser retratados sociológica e politicamente como eventos efêmeros.
O governador do Maranhão, Flávio Dino, postou no Twitter semelhante impressão. De que o partido apoiado pelo tal Steve Bannon fracassou nas eleições espanholas e que "estas maluquices têm fôlego curto".
Os espanhois ouviram o clamor de Sánchez, um entusiastas da políticas do presidente Lula e apoiador de sua plena liberdade, e levantaram uma barreira contra a intolerância, a estultícia e a selvageria. Demonstraram que este movimento de ódio não se sustenta por muito tempo e lá não tem vez (Franco é coisa do passado).
Lula, em sua forma única de analisar e ver o movimento político do mundo, demonstra que a escuridão vai passar, porque não há noite que dure para sempre. Na citada entrevista histórica, disse: " O PT não foi destruído, perdeu uma eleição". Esta mensagem diz muita coisa e tem tudo a ver com o contramovimento em curso no mundo.
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