Sete de setembro. O que esperar?

É um grupo muito deprimente, possivelmente uma adesão não tão expressiva, principalmente sendo feriado, mas sendo defensores das armas, basta um para fazer um estrago. Por isso, o grupo grande da população que contribuiu para que Bolsonaro tomasse o poder, não podem agora desfrutar de lamentações. Devem contribuir na luta do coletivo

(Foto: Roberto Parizotti - Fotos Públicas)


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Goethe disse certa vez que preferia a injustiça à desordem. Enfrentou uma fase depressiva diante da invasão Napoleônica a Weimar e mudou de ideia diante da Revolução Francesa. Surge o romance Die Wahlverwandschaften e talvez uma obra pouco conhecida, mas muito importante para mim, o livro Teoria das cores. Posteriormente foi aclamado pelos nazistas no segundo Reich que o abandoaram logo na consolidação do regime achando suas ideias muito humanistas demais. Goya foi outro que mudou seu pensamento. Era admirador de Napoleão e quando viu o sofrimento do povo na guerra de Espanha, mudou sua linguagem na pintura, tornando-se um ácido combativo dos ideais de liberdade, começando com suas séries de gravuras Los desastres da guerra evoluindo para as pinturas negras.

Parte da população, diante do derretimento do Presidente da República, percebe o buraco em que está metido mudando de ideia quanto sua opção eleitoral. Muitos desembarcaram tardiamente dessa nau sem rumo, mas na tentativa de conduzir esse barco chamado Brasil, Bolsonaro tenta sua cartada na manifestação de Sete de Setembro. Todas as investigações chegam a seus filhos, como a quebra de sigilo bancário do 01, até a CPI. Mas qual a radiografia dessa manifestação? Quem estará presente? Será que podemos viajar em paz? Diante desses questionamentos, vamos ao perfil de alguns participantes.

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Velhos – Grupos de velhos saudosistas do golpe de 1964. Lunáticos que na sua infância passaram pela segunda guerra e tem apreço pelo nazismo e fascismo. Durante a vida tentaram influenciar o mais novos dizendo que antigamente é que era bom, mas não passam de água com açúcar. 

Ruralistas – Grupo formado por defensores das armas que estão ganhando com o dólar alto e exportando carnes, pouco se importando com as condições do povo e querem saber apenas de seus umbigos. Angustiados que estão vendo a queda do presidente se aproximando e financiam todo e qualquer plano por mais criminoso e esdrúxulo que seja para perpetuar seus status quo.

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Cristãos a favor de armas – Grupo sem fã-clube, mas que possuem grande adesão. Foram cooptados pela extrema-direita para seu projeto de poder, por pastores que pregam o ódio, preconceito, homofobia e intolerância de toda sorte. Uma massa de manobra que se deixar sai quebrando o que precisar. Ao contrário do que prega Jesus, são manipulados para a luta se precisar.

O tosco em política – Geralmente da camada mais rica do país, que odeia história, não se importa com estudos, pois terá seu emprego garantido quando crescer e prefere fazer dancinha de verde-amarelo para tirar uma selfie na multidão, sem saber exatamente o que está fazendo ali. 

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Conservadores – Aqueles que são influenciados por frases feitas, de que o comunismo vai se instalar no país. Monarquistas que querem a volta do regime escravocrata, Liberais que acham que o plano Guedes é perfeito e aqueles que são anti-PT e querem a intervenção militar e a volta do AI-5, mesmo sendo um crime.

É um grupo muito deprimente, possivelmente uma adesão não tão expressiva, principalmente sendo feriado, mas sendo defensores das armas, basta um para fazer um estrago. Por isso, o grupo grande da população que contribuiu para que Bolsonaro tomasse o poder, não podem agora desfrutar de lamentações. Devem contribuir na luta do coletivo. 

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Quanto a viajar, pelo sim pelo não, fiz uma programação da Netflix bem intensa.

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