Serra: um desastre na diplomacia

O interino golpista e seu colega de mal feitos FHC ofenderam duplamente a um país irmão sul americano. Serra deveria pedir desculpas ao povo brasileiro porque na verdade o que está tentando fazer é instituir no Itamaraty o quintal de seu estilo de negociatas

Senador José Serra (PSDB-SP) concede entrevista. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado.
Senador José Serra (PSDB-SP) concede entrevista. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado. (Foto: Chico Vigilante)


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O interino no Itamaraty, José Serra, não entende patavina de diplomacia. Desde que ocupou o mais belo Palácio da Esplanada, em Brasília, só deu foras e envergonhou o Brasil.

Serra pensa que está vivendo na era dos reinados europeus de cinco séculos atrás quando os embaixadores de países do continente se ajoelhavam diante de monarcas da Inglaterra, França, Espanha, por exemplo, para dar explicações a respeito de decisões políticas de seus reinados e podiam ser maltratados no caso de desagradarem a majestade em questão.

Quem o chanceler interino pensa que é - além de entreguista declarado do Pre-sal brasileiro - para convocar o embaixador uruguaio, Rodolfo Novoa, a dar explicações após ter denunciado em uma comissão de deputados uruguaios que Serra tentou comprar o voto do país no Mercosul.

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O embaixador uruguaio apenas disse a verdade.

Quem deve explicações ao povo brasileiro sobre sua desastrada ação é, na verdade, José Serra.

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Segundo Novoa, Serra prometeu levar o Uruguai isoladamente em viagens do Brasil para tratar de acordos internacionais na África e no Irã, se o país se posicionasse contra a presidência da Venezuela no Mercosul.

O interino golpista e seu colega de mal feitos FHC ofenderam duplamente a um país irmão sul americano.

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Viajaram juntos ao Uruguai no início de julho para tentar convencer o governo de Tabaré Vázquez de seu intuito golpista contra Venezuela - algo que felizmente não aconteceu.

Ofenderam em primeiro lugar por tentar impor ao Uruguai - onde se encontra no poder um governo eleito democraticamente - sua posição reacionária e direitista de se contrapor as regras do Mercosul que garantem neste momento legalmente à Venezuela a presidência da instituição.

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Em segundo lugar ofenderam aquele país por insinuar que o governo uruguaio não tem capacidade e diplomacia suficientes para realizar acordos comerciais internacionais com outros países do mundo por iniciativa própria.

Não é sem razão que o jornal uruguaio El País, o maior do país, publicou que o chanceler Rodolfo Novoa acusa o ministro interino das Relações Exteriores do Brasil, José Serra, de ter tentado "comprar o voto do Uruguai no Mercosul para suspender a presidência da Venezuela no bloco".

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Serra deveria pedir desculpas ao povo brasileiro porque na verdade o que está tentando fazer é instituir no Itamaraty o quintal de seu estilo de negociatas, que infelizmente encontra eco nas chancelarias dos governos direitistas de Macri, na Argentina e Horácio Cartes, no Paraguai.

Essa nova direita que tomou conta destes países tem histórias similares à da direita brasileira.

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Todos conhecem de sobra o exemplo de Aécio Neves, com familiares e desembargadores amigos envolvidos com o narcotráfico; a construção do aeroporto da cidade de Cláudio, MG, com dinheiro público nas terras de sua família; o helicóptero de seu amigo e coordenador de sua campanha, senador Zezé Perrela, usado para o tráfico internacional de cocaína, segundo inquérito da PF.

A união entre Perrella e Aécio é um capítulo de uma aliança que não se limita à política. A promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Minas Gerais encontrou as digitais de Perrella em diversas investigações realizadas sobre o governo de Aécio.

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No Paraguai, em 2000, a polícia antidrogas apreendeu um avião que transportava cocaína e maconha no rancho do hoje presidente Horácio Cartes, poderoso dono do Banco Amambay e outras 25 empresas, a maior delas no ramo do tabaco.

Na ocasião, Cartes alegou que o avião apenas fez um pouso de emergência em seu complexo. Complementando essa impressionante alegação ele se declarou contra a legalização das drogas. Séria hilário se não fosse trágico.

E assim como no Brasil, a grande imprensa esqueceu a questão. Da mesma forma como os grandes jornais brasileiros não tem o mínimo interesse em investigar denúncias de recebimentos de propina por parte de Serra que aparece nas duas megadelações negociadas, a da OAS e a da Odebrecht, alcançando cifras de muitos milhões.

As duas empreiteiras revelarão histórias de propinas em obras públicas nos tempos em que Serra era governador de São Paulo, entre 2007 e 2010.

É este tipo de gente que deu o golpe no Brasil e é com gente da mesma laia que estão se unindo contra o Mercosul, e contra a luta por liberdades democráticas e pelo avanço das conquistas sociais e econômicas dos povos da América Latina.

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