Sergio Moro reinicia o jogo
Os derrotados da última eleição, pelo menos os mais exaltados, não acatando o resultado, como no futebol cobraram do juiz os acréscimos do jogo. Mas o apito final já tinha soado
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É comum associarem a atual polarização política a um autêntico Fla x Flu. Paixões à flor da pele.
Em comum, a gana em derrotar o adversário. Porém, a enorme carga de raiva e ódio no embate político assusta em sua total irracionalidade.
Tente conversar com quem está do outro lado do campo ideológico e você chegará a conclusão que nosso torcedor de futebol é um gentleman.
No mundo da bola há uma palavra mágica que não existe em nosso momento político: fair-play.
Os derrotados da última eleição, pelo menos os mais exaltados, não acatando o resultado, como no futebol cobraram do juiz os acréscimos do jogo. Mas o apito final já tinha soado.
Aí tentaram mudar a regra. Alegaram que a diferença de votos era muito pequena, como se o outro time não pudesse ganhar de 1 x 0.
Foram lembrados que em vários países, inclusive os Estados Unidos que tanto idolatram, muitas eleições são decididas como num grande clássico de futebol: num detalhe.
Partiram, então, para o tapetão. Gilmar Mendes, juiz parceiro, decidiria o jogo reprovando as contas de campanha de Dilma. Pelo lado esquerdo do campo ele marca qualquer infração.
Também não funcionou. Apesar das ressalvas do juiz, não havia irregularidades.
Sem terem mais do que recorrer, apelam para a virada de mesa - o impeachment, quer dizer, o golpe.
E quando os golpistas já ensaiavam a retirada do time de campo – a segunda tentativa, no dia 12 de abril, teve um público reduzido -, reaparece o juiz Sergio Moro com a bola debaixo do braço – direito – e a coloca novamente no círculo central.
O jogo golpista recomeça para alívio de quem detém os direitos de transmissão – do futebol e da informação.
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