Sergio Moro: quem te viu, quem te vê...
"O material que veio a público, hoje, através da Folha de São Paulo, deixou evidente que Dallagnol agiu no sentido de, no mínimo, constranger os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Isto para não usar o termo 'chantagem'", diz a colunista Denise Assis, do Jornalistas Pela Democracia
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Por Denise Assis, para o Jornalistas Pela Democracia - O cerco se fecha. À medida que a documentação da Vaza-Jato vem a público, fica evidente que a tese propalada o tempo todo pelas forças progressistas e, principalmente, por Lula, sobre o modus operandi persecutório da Lava-Jato, se confirma. E fica evidente, também, que quem entregou anonimamente este verdadeiro “acervo” para o The Intercept, teve como alvo o Telegram de Deltan Dallagnol, pois as conversas rolam sob a sua perspectiva. É ele quem orquestra os diálogos e atividades, incluindo as ilícitas. Porém, não devemos nos esquecer jamais. Deltan Dallagnol não agiu sozinho. Todas as suas iniciativas foram respaldadas pelo ex-juiz Sergio Moro. Tivessem os hackers acesso à conta dele no Telegram e com certeza teríamos diálogos ainda mais apimentados.
O material que veio a público, hoje, através da Folha de São Paulo, deixou evidente que Dallagnol agiu no sentido de, no mínimo, constranger os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Isto para não usar o termo “chantagem”. As orientações do coordenador da força-tarefa não deixam dúvidas. Buscava “pelo em ovo” na vida dos ministros e de suas mulheres. Talvez assim conseguisse entoar, por fim, o grito de torcida: “aha! Uhu! O Supremo é nosso!”.
Há que notar, no entanto, que o fato de terem as conversas vazadas origem no Telegram de Dellagnol, colocou o ex-juiz Sergio Moro, há dois dias fora do noticiário. Só se fala no chefe da força-tarefa, Deltan Dallagnol. Na condição de ministro, a agenda de Moro anda fraca de atividades e nas únicas pautas em que aparece, está nas cordas. O que saiu hoje, no noticiário, por exemplo, em citação ao seu nome foram notícias altamente desfavoráveis. O ministro “In Fux we trust”, determinou que o material colhido com os hackers e que Moro se apressou em querer destruir, deve permanecer intacto. Preservado. Fux já solicitou cópia para ser analisado.
Enquanto isto, o Supremo Tribunal Federal anunciou que pretende julgar a suspeição sobre ele quanto à sua parcialidade no processo do ex-presidente Lula, até o dia 14 deste mês. Ou seja, Moro vai sendo desidratado, e quando aparece é em situação desconfortável. Está na hora daquele comentário maroto: quem te viu, quem te vê...
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247