Sem imprensa livre não haveria 1º de Maio!

Há quase trinta anos a sociedade brasileira vive sob um regime chamado de "democrático", embora ainda falte muito para isso ocorrer plenamente, e é exatamente no exercício do jornalismo onde essa trama é mais perceptível



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Em 1º de maio de 1886, operários foram às ruas lutar pela redução da jornada de trabalho, tornando esse dia um marco mundial na luta dos trabalhadores por seus direitos. Desde então, muito foi conquistado, mas não dá para descansar diante das injustiças que ainda são cometidas contra o trabalhador.

Em nosso país em especial, como ocorre em todos os setores da sociedade brasileira, as desigualdades são gritantes e a luta por direitos ainda é extensa.

Como pensar que em 2014 ainda lutamos por licença parental para casais recém paridos ou pelo fim do trabalho em condições análogas a trabalho escravo e o trabalho infantil ou pela legalização de algumas atividades como de parteira ou ...?

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Mas existe uma categoria de trabalhadores que com frequência é esquecida e sem ela nem essa luta seria possível: a dos profissionais de mídia e, em especial, dos jornalistas, os responsáveis por nos manterem informados, produzindo o amalgama (a informação) que ira unir os diferentes setores de nossa sociedade em busca da vitória por uma causa comum.

A história do Brasil é repleta de momentos onde a imprensa livre foi perseguida, mas sempre surgiram aqueles que não se submeteram a interesses outros e caminharam tendo como guia a ética e o pleno exercício da cidadania, tendo a certeza que sua militância (através de seus trabalhos) eram essenciais na construção de uma sociedade mais justa, ética e solidária.

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Não podemos nos esquecer que a luta pelos direitos do trabalhador é, acima de tudo, uma questão de cidadania. Onde não há cidadania, a barbárie se fortalece.

Há quase trinta anos a sociedade brasileira vive sob um regime chamado de "democrático", embora ainda falte muito para isso ocorrer plenamente, e é exatamente no exercício do jornalismo onde essa trama é mais perceptível.

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De acordo com o índice de impunidade publicado anualmente pelo Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ), o Brasil é o 11º país mais perigoso para o exercício do jornalismo. Nas manifestações que acontecem no Brasil desde 2013, não são poucos os casos de repórteres que as ditas forças de segurança tentaram impedir o direito ao livre exercício da profissão detendo-os, retendo ou danificando seus materiais de trabalho; atingido-os em suas integridades físicas ao serem agredidos fisicamente ou submetidos a situações de acesso moral; alvejados por balas de borracha ou bombas de gás lacrimogêneo ou morteiros ou discriminados devido ao seu local de trabalho ou....

Some-se a isso pressões que passaram a fazer parte do seu cotidiano como ter vinculado seu exercício profissional a geração de lucro para seus empregadores e a natural e desejada pressão por cumprir suas funções sociais básicas de informar a população.

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Não se pode imaginar imprensa livre sem jornalistas livres.

Estamos iniciando um período onde teremos a Copa do Mundo e em seguida as eleições, uma das mais importantes da história brasileira, uma vez que o fascismo cresce em todo o mundo e busca espaços também no Brasil.

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Parte da população insatisfeita com o rumo que nosso país vem ocupando locais públicos para manifestarem seus descontentamentos, aproveitando esse período em que as lentes da mídia internacional estarão voltadas para o nosso país, o que certamente gerará conflitos de toda ordem.

Dentro desse contexto, a IMPRENSA LIVRE se tornará, mais uma vez, IMPRESCINDÍVEL para que a sociedade brasileira saia ainda mais forte desses eventos e nesse sentido, lanço aqui uma proposta:

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Que seja dada a garantia de emprego para os profissionais de imprensa até o fim das eleições para que eles se sintam seguros de exercerem suas atividades na plenitude que a gravidade do momento exige!

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