Sem açúcar, sem afeto

"Lamentável a decisão de Chico de tirar do repertório 'Com açúcar, com afeto'. Um dos autores mais censurados na ditadura, adere à autocensura", diz Solnik

(Foto: Mídia NINJA)


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Lamentável e preocupante a decisão de Chico Buarque de tirar do repertório “Com açúcar, com afeto”, de 1966, por sua conotação machista, como ele próprio anunciou no documentário sobre Nara Leão.

Um dos autores mais censurados na ditadura, adere à autocensura.

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Subscrevo as palavras do meu amigo Juca Kfouri: “ninguém tem o direito de pôr no índex uma letra dessas, nem quem a pariu”. 

Ao sucumbir àquilo que eu chamo de autoritarismo feminista, Chico Buarque dá força à pior das censuras: a censura do passado.

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Apagar a história não ajuda a melhorar as pessoas. Só deturpa a história.

Em tempos de tanto rancor e ódio, palavras como “açúcar” e “afeto” soam como ofensa aos ouvidos intolerantes. 

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