Segundo ano do Bloco Amantes de Lula e Feira Luta Castelo

Nesse dia 11 de fevereiro, ocorreu o primeiro baile do segundo ano do Bloco Amantes de Lula, junto com a Feira Luta Castelo com milhares de foliões

(Foto: Diário Causa Operária)


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Nesse dia 11 de fevereiro, ocorreu o primeiro baile do segundo ano do Bloco Amantes de Lula, junto com a Feira Luta Castelo com milhares de foliões.

A tendência de Luta

Havia uma dúvida em parte da esquerda se as manifestações carnavalescas que em 2022 tomaram um caráter extremamente político iria se repetir. A resposta foi rápida e clara, mesmo competindo com diversas atrações pela cidade, o Bloco Amantes de Lula teve um público médio em torno de 1,5 mil pessoas.

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Um ponto que surpreendeu nessa atividade foi a alta procura pelo debate político. Nesta, mais que em qualquer outra atividade nossa, houve um grande número de pessoas procurando entender quem são os Amantes de Lula, Bloco Vermelho e PCO.

A procura para registrar fotos com nosso estandarte, faixa “Lula presidente por um governo dos trabalhadores” e painel “Lula presidente de todas as tribos” foi imensa. Havia companheiros de todas as regiões do país e alguns estrangeiros, que inclusive questionaram sobre a existência de correntes políticas parecidas em seus países.

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Unidade da esquerda

Mesmo com todas as dificuldades da esquerda, que não são poucas, houve um esforço no sentido de unificar os três que aconteceriam no bairro no mesmo horário. Infelizmente, por uma série de questões, nas conversas que ocorreram nos trinta dias que antecederam a atividade, ficou certo os blocos seguiram suas agendas e discutiremos novamente no próximo ano (embora os bailes dos Amantes de Lula seja mensal, os outros são anuais).

A boa surpresa foi que no início da concentração, por volta das 16 horas, quando tinha em torno de 300 foliões aguardando, o bloco Doido é Doido, que desfila há 11 anos, apareceu para somar com um trio elétrico. Os mesmos ficaram na praça Abdon Milanez até às 20 horas, o pico do nosso público unido foi próximo a 2 mil pessoas.

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Com a saída do bloco Doido é Doido, restaram um número próximo de 1,5 mil pessoas, que foi reforçado com o bloco de baque virado Caracara. Com todas as diferenças, os setores que se colocam contra o golpe de Estado, nesse carnaval deram mais um passo para uma unidade prática.

A Feira Luta Castelo

Na feira Luta Castelo houveram por volta de 30 expositores, em sua maioria absoluta provenientes do bairro Castelo Branco e regiões vizinhas. A feira já conta com público fiel, que impulsiona a economia local de pequenos negócios e produtos artesanais.

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É importante ressaltar que embora contribuímos com a organização da feira, a cada dia os moradores encontram-se mais mobilizados e organizados. A cada dia, é menor a necessidade de intervenção dos militantes para andamentos das atividades, a própria atividade é um formador de militantes para a esquerda.

Essa experiência da feira demonstra um caminho a ser seguido, por outras comunidades e setores. É uma forma viável de organização e mobilização de setores como o da cultura popular.

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A repressão

Quase que uma tradição do nosso baile e feira, é a presença da Polícia Militar (PM) com o ímpeto de reprimir. Eles sempre aparecem, sempre querendo desligar ou baixar o som do som autorizado pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (SUDEMA), órgão competente para tal.

Sempre questionam se foi solicitado suporte do Batalhão da Polícia Militar, mesmo não havendo nenhuma base legal para isso. Mesmo quando seguimos todos os ritos do Estado, ainda nos resta o inconveniente que nunca acometer um Roberto Santiago ou o falecido José Carlos da Silva Júnior, mesmo em momentos de fragrante ilegal.

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A sanha persecutória é comum a toda a população trabalhadora, nesse domingo, dia 12 de fevereiro, o tradicional bloco Viúvas da Torre, que há trinta anos desfilam nas ruas do bairro da Torre, teve suas atividades interrompidas pela PM.

A justificativa para o encerramento ilegal da atividade, foi ultrapassar em 30 minutos o limite de horário de 21 horas da licença da SUDEMA para uso de som. Trazendo a prerrogativa de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que daria esses poderes.

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Ocorre que o próprio TAC evocado permite as atividades até a 0 horas, havendo assim uma janela considerável para o andamento da atividade.

Essa atuação extrapola os poderes até do Batalhão Ambiental da PM, para de forma rasa colocar a falácia da “defesa da ordem pública” como justificativa. Principalmente no momento político em que vivemos, temos ciência que a atuação das forças repressivas é política e deve ser encarada como tal.

Fim da PM

O público do bloco Viúvas da Torre, que viu o seu palco ser invadido pela PM, respondeu em um corro uníssono pedindo o fim da PM. Temos que exigir não apenas o fim da PM, mas temos que acabar com todas as formas de polícia ou repressão dissociadas da classe trabalhadora.

O grau de letalidade das forças repressivas brasileiras é uma vergonha nacional, assim como os nossos sistemas jurídicos e prisionais. Infelizmente não faltam casos para evidenciar que o sistema judiciário assemelha-se mais a uma casta de lacaios a serviço da burguesia, que servidores públicos de um Estado de Direito. Parecer uma religião onde o furto famélico é pior pecado.

Se a morte de nossos negros pela polícia envergonha a humanidade, nosso presídios ruborizariam as civilizações mais “barbaras”. Essas senzalas do século XXI, encarceram pobres, em maioria esmagadora negros.

Governo dos trabalhadores

Essa situação objetiva da classe trabalhadora colocar na ordem do dia a questão do poder operário, de um governo dos trabalhadores. Desde o golpe de 2016, foi imposto pela burguesia, em muito pelo imperialismo, um regime de exceção no Brasil, que atacou brutalmente as condições de vida da população.

Com a vitória de Lula nas eleições de 2022, esse regime golpista sofreu um pesado golpe, foi uma vitória popular, mas o regime golpista persiste. Temos que mobilizar e unir a população em torno de salário, trabalho, das condições de vida objetivas básicas, que atenda as necessidades da população.

Unir a classe trabalhadora em torno dessas bandeiras é papel da esquerda e única maneira de colocar abaixo o regime golpista. Os trabalhadores devem tomar suas reivindicações e exigir o imediato atendimento, fazendo do governo Lula o seu governo, um governo posto para as suas necessidades.

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