Se todos fossem iguais a Lula
"Os dirigentes do PT deveriam se mirar em Lula para esfriar os ânimos e encarar com serenidade os próximos dias", defende o colunista Alex Solnik; "O debate em torno do registro só vai começar dia 15 de agosto, quando as candidaturas a presidente forem registradas. É impossível, no mundo real, cassar uma candidatura que não existe ainda. No pior cenário, no mais desastroso, no mais trágico, impedem Lula de se candidatar e o prendem. Ainda assim ele indica outro candidato que tem condições de vencer, como dizem as pesquisas atuais", lembra o jornalista; "Não há motivo, portanto, para os petistas perderem a cabeça e entrarem no jogo dos que querem transformar o dia 24 na Batalha do Fim dos Tempos", conclui
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Os dirigentes do PT deveriam se mirar em Lula para esfriar os ânimos e encarar com serenidade os próximos dias.
Puxa vida, é a cabeça do Lula que está em jogo e, até onde se sabe, ele demonstra tranquilidade, enquanto alguns de seus colegas de partido ficam nervosos além da conta e, em vez de colaborarem para um clima pacífico no Parque da Harmonia, dia 24, fornecem argumentos aos adversários que acusam o PT de pretender transformar os protestos em revolta popular.
Os petistas deveriam estar tão tranquilos quanto Lula.
Primeiro, porque estão com a razão. O processo do tríplex é uma sucessão de erros e de afrontas ao estado de direito. Acusa o ex-presidente de ser dono "de fato" do imóvel, figura que não existe no Direito Brasileiro.
Qualquer tribunal internacional do mundo civilizado derrubaria a sentença de Moro.
Por isso Lula está calmo: ele está com a razão.
O segundo motivo que deveria deixar os petistas mais tranquilos é que o seu candidato – Lula – é o primeiro colocado nas pesquisas e continua em ascensão. Com ou sem apoio dos demais partidos de esquerda. E – absolvido ou condenado – a tendência é que sua vantagem aumente ainda mais.
O terceiro motivo é que, como a presidente do PT já declarou o julgamento do dia 24 em frente ao parque da Harmonia, com qualquer resultado, não implicará na imediata cassação do registro da candidatura.
O debate em torno do registro só vai começar dia 15 de agosto, quando as candidaturas a presidente forem registradas. É impossível, no mundo real, cassar uma candidatura que não existe ainda.
No pior cenário, no mais desastroso, no mais trágico, impedem Lula de se candidatar e o prendem. Ainda assim ele indica outro candidato que tem condições de vencer, como dizem as pesquisas atuais.
Não há motivo, portanto, para os petistas perderem a cabeça e entrarem no jogo dos que querem transformar o dia 24 na Batalha do Fim dos Tempos.
Lula não está encarando desse modo.
Ah, se todos os petistas fossem iguais a Lula.
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