Santander reincide em terrorismo eleitoral contra o PT
A perspectiva real de vitória do Lula em 2022 faz crescer o desespero desta lumpemburguesia que não se constrange em promover o terrorismo para preservar o padrão predador de saqueio do país, mesmo que no contexto de um regime fascista
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O Santander é reincidente na prática de terrorismo eleitoral contra o PT.
Em 25 de julho de 2014, o Banco enviou comunicado a seus clientes e investidores alertando que caso se mantivesse o crescimento de Dilma nas pesquisas, o dólar dispararia e os juros subiriam, causando “a deterioração de nossos fundamentos macroeconômicos”.
No último 12 de agosto, 7 anos depois daquela intromissão inaceitável nos assuntos internos do Brasil, este grupo transnacional perpetrou novo ataque à democracia. Desta vez, com espantoso atrevimento, propôs nada menos que “um golpe para evitar o retorno de Lula”.
Em comunicado repassado a clientes e investidores, o Banco alerta que “é preciso reconhecer um problema na eleição de 2022: a perspectiva de retorno ao poder da máquina de corrupção do governo Lula”.
O texto diz que “se o sistema político e judicial, se o establishment político brasileiro acha cômico o governo Bolsonaro, o retorno de Lula e seus aliados representa uma ameaça bem mais séria”.
Assim como fez em 2014, o Santander outra vez também se esquivou, e transferiu a responsabilidade pela iniciativa a algum estagiário – o equivalente a “consultor independente” [sic].
Este ataque do Santander a Lula representa um atentado à independência nacional e à soberania popular, e é uma grave reincidência que deriva da impunidade.
Em certa medida, a instituição vocaliza a posição de setores do capital financeiro e das oligarquias dominantes que seguem abraçados à barbárie fascista enquanto continuam se locupletando no contexto desta guerra bárbara de ocupação destrutiva do Brasil pelos capitais. No 1º semestre de 2021, o Santander, sozinho, teve lucro líquido de mais de R$ 8 bilhões.
Sintomaticamente, esta manifestação do grupo financeiro transnacional vem a público por estes dias em que a FIRJAN [Federação das Indústrias do Rio] condecorou os comandantes militares e em que empresários de São Paulo lançaram um apelo público – e patético – pela viabilização da chamada 3ª via eleitoral.
A perspectiva real de vitória do Lula em 2022 faz crescer o desespero desta lumpemburguesia que, em contrapartida, não se constrange em promover o terrorismo para preservar o padrão predador de saqueio do país, mesmo que no contexto de um regime fascista.
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