Santana não prova que é verdade, mas ninguém prova que é mentira
"A utilidade de contar que ambos sabiam do caixa 2 para processos judiciais contra Lula ou Dilma é nenhuma, porque não prova nada. Prova é papel ou gravação. O resto é conversa fiada", diz o colunista do 247 Alex Solnik sobre a delação do publicitário João Santana, que foi tornada pública nesta quinta-feira, 11, pelo ministro Edson Fachin; "Mas é uma conversa fiada a serviço do mesmo objetivo perseguido pela República de Curitiba: a desmoralização de Lula, Dilma e o PT, nessa ordem"
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
João Santana nunca vai conseguir provar que Lula ou Dilma lhe disseram mesmo o que ele disse que disseram.
Mas, também, ninguém vai poder provar que ele mentiu.
Quem quiser pode acreditar em Santana e então vai deduzir que Lula sabia do caixa 2 na campanha; quem não quiser acreditar, não acredita.
São duas versões. A de Santana e a de Lula. Cada um acredita em qual quiser.
Santana, brilhante marqueteiro, arquitetou uma saída maquiavélica: agradou a Moro, não comprometeu seu acordo de delação e nem atingiu tanto assim a Lula e a Dilma, exatamente devido ao teor duvidoso de suas delações.
A dúvida vai permanecer.
E, como se sabe, desde o Império Romano, “in dubio pro reu”.
A utilidade de contar que ambos sabiam do caixa 2 para processos judiciais contra Lula ou Dilma é nenhuma, porque não prova nada.
Prova é papel ou gravação. O resto é conversa fiada.
Mas é uma conversa fiada a serviço do mesmo objetivo perseguido pela República de Curitiba: a desmoralização de Lula, Dilma e o PT, nessa ordem.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247