Saída para Dilma, Lula e PT é explicar crise ao povo

E quem diz que a Lava Jato e seus mentores intelectuais são os responsáveis pelo naufrágio da economia brasileira não é este blogueiro, mas a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde

E quem diz que a Lava Jato e seus mentores intelectuais são os responsáveis pelo naufrágio da economia brasileira não é este blogueiro, mas a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde
E quem diz que a Lava Jato e seus mentores intelectuais são os responsáveis pelo naufrágio da economia brasileira não é este blogueiro, mas a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde (Foto: Eduardo Guimarães)


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Talvez o mais revoltante e deprimente em toda essa situação política, econômica e institucional que o Brasil atravessa nem sejam os efeitos desses problemas sobre a vida da população, mas, sim, termos que aturar as mentiras, a prepotência e a hipocrisia dos autores de todos esses problemas.

Não, eu não acho que os autores de todos os problemas que o Brasil atravessa sejam os petistas (governo e partido). Se eles têm alguma culpa é a de não terem enfrentado os fascistas da mídia e da oposição formal enquanto tinham meios para tanto.

A culpa por tudo que está acontecendo de ruim na economia é dos fascistas que controlam Globo, Folha, Veja, Estadão, PSDB, DEM e a Operação Lava Jato – esta, uma arma política construída por essas entidades em conluio com setores do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal.

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E quem diz que a Lava Jato e seus mentores intelectuais são os responsáveis pelo naufrágio da economia brasileira não é este blogueiro, mas a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, quem, em outubro passado, em coletiva de imprensa, falou sobre as “sérias dificuldades econômicas” do Brasil e sobre as “incertezas” geradas na esteira da crise política, que, segundo ela, têm como centro a investigação na Petrobras.

Quase meio século depois de sua última realização no Brasil, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial voltaram a se reunir em um país da América Latina – desta vez (outubro de 2015) foi no Peru. Antes de sua chegada a Lima, Lagarde deu entrevista a editores do Grupo de Diários América (GDA), que inclui veículos brasileiros.

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Vale, pois, rever o que disse Lagarde. Suas palavras textuais dizem exatamente o que o Blog afirmou acima.

“(…) É óbvio que o Brasil enfrenta sérias dificuldades econômicas. A previsão é que a economia sofra forte contração este ano (2015) devido à queda do investimento e do consumo, sendo provável que permaneça em território negativo em 2016. Além disso, a crise política provocada pela investigação em curso na Petrobras criou incertezas que, por sua vez, afetaram a confiança de consumidores e empresas. Portanto, não há dúvida de que o país atravessa tempos difíceis e que isso já está se traduzindo em um aumento das taxas de desemprego e na deterioração das condições creditícias (…)”

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O que disse Lagarde só é novidade para os pistoleiros da grande mídia, os “calunistas” de sempre, que atribuem os problemas econômicos do país a uma suposta “incompetência” do governo petista mesmo que não só o FMI, mas inúmeros pesos-pesados da economia nacional e internacional vivam afirmando que a Lava Jato é que está triturando a economia brasileira.

Como já foi dito incontáveis vezes nesta página, a sabotagem do ambiente de negócios não começou agora e, sim, em 2013, com os protestos por 20 centavos que paralisaram o Brasil, afundaram a estabilidade política do governo e, assim, abriram as portas para o surto fascista que se apossou do país.

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A Operação Lava Jato, porém, exacerbou aquele problema ao impensável. Essa operação policialesca e politizada acaba de aniversariar – já tem 2 anos, tendo começado no ano seguinte à sabotagem da economia pela “esquerda”, com os protestos de junho de 2013.

Nesses 24 meses, a operação da PF simplesmente paralisou os investimentos e pulverizou a confiança dos agentes econômicos.

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Com a tentativa de golpe, sem saber que governo o país teria seis meses à frente ninguém mais investiu um centavo em nada – e o mais irônico é que o fatídico 2015 passou e o governo não caiu.

E o pior é que não se vislumbra, neste momento, um mísero feixe de luz no fim do túnel. As manchetes repetitivas trazendo notícias de novas desgraças econômicas garantem que o governo continuará nesse cai-não-cai e que, nesse meio tempo, ninguém vai investir um centavo no país.

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Com isso, não há ajuste fiscal que dê conta. Você poupa dez, mas como a arrecadação não para de cair logo terá que poupar duas vezes dez, três vezes dez…

A direita fica exultante. Quanto mais a recessão se aprofundar mais acha que haverá garantia de que o povo não votará de novo no PT – o que é uma bobagem, porque essa mesma direita está construindo um ambiente em que reerguer a economia e melhorar a vida do povo será dificílimo.

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Do lado da população, há uma situação de virtual pânico. O medo do futuro impede o raciocínio. As pessoas ficam furiosas e não querem saber de nada, querem um culpado para malhar. E nada mais.

Nesse aspecto, o governo, o PT e o próprio Lula, acuados, colaboram com seus algozes, pois não sabem como se posicionar. Ou melhor: há medo de se posicionarem como deveriam – o que, aliás, é inexplicável porque não têm mais nada a perder.

E como deveriam se posicionar: ora, perdido por um, perdido por mil. Vamos ao ataque. Vamos falar a verdade.

O programa do PT que está no ar peca pela falta de lógica. Não explica a crise e propõe às pessoas que “trabalhem”, o que pode ser muito mal interpretado. O programa deveria explicar a crise. Explicar por que a economia afundou e pedir às pessoas que não façam o jogo da direita.

Tudo que foi explicado acima deveria ter sido explicado lá atrás. Há muitos elementos que permitem mostrar que dos 14 anos de governos do PT, durante 13 os salários se valorizaram, o desemprego caiu, a pobreza e a miséria despencaram, a desigualdade se reduziu drasticamente.

Expor esse fato inegável faria as pessoas pensarem. Por que não foi feito? Mistério…

Seja como for, nunca é tarde. Claro que o PT só terá espaço na tevê de novo no segundo semestre, mas, até lá, o partido pode começar a discutir e a reunir dados para fazer uma bela e esclarecedora campanha publicitária.

Enquanto isso, o partido pode fazer seminários, atos públicos e atacar pesado na internet, mostrando como foi que a direita conseguiu arrasar a economia brasileira simplesmente gerando incerteza nos investidores através da mídia, da PF e do MP.

Claro que a CUT, o MST e outros movimentos sociais poderiam parar de ficar brigando com os fatos (com a necessidade de ajustar as contas do país) e se dedicarem a entender e a explicar à sociedade porque a economia afunda.
Enfim, o fato é que os brasileiros estão sendo cúmplices da própria desgraça.

Estão ajudando a direita a sabotar o país ao comprarem seu discurso antipetista. Ao apoiar as teses políticas fascistas, a população ajuda a deprimir a economia, põe seus empregos e salários em xeque, enfim, os brasileiros, ao apoiarem as teses políticas da direita, estão pondo a corda no próprio pescoço.
Isso é o mais doloroso.

Agora, pois, é hora de ter coragem. Chegou a hora de denunciar por que a economia não melhora.

Ah, mas muita gente não vai acreditar, dirão os medrosos. E daí? Muita gente não é todo mundo. Há, sim, gente que pensa, gente inteligente que vai entender o que a diretora-gerente do FMI explicou com tanta simplicidade. E como Lagarde há muitos outros experts da economia mundial e nacional dizendo a mesma coisa.

É só mostrar os fatos que muito formador de opinião irá entender e daí para frente se produzirá um círculo virtuoso. Mas para qualquer coisa dar certo nesta vida, há que tentar. E para tentar qualquer passo ousado, nesta vida, é preciso coragem.

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