Sai Parente e entra preço de referência com banda cambial para petróleo contra bancarrota neoliberal
Entra em bancarrota, portanto, a política de privatização das duas principais estatais, Eletrobrás e Petrobrás, empresas estruturantes do desenvolvimento, que não podem submeter-se às ordens do mercado especulativo, sob pena de desorganizar todas as cadeias produtivas, jogando a economia no vendável incontrolável do dinheiro
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Está pintando nova política de preços de referência flexível para o petróleo, depois que colapsou a praticada por Pedro Parente, orientada pelo Consenso de Washington.
Entrou em bancarrota a orientação neoliberal dada pelos acionistas internacionais de submeter a Petrobras à volatilidade do dólar, que Trump colocou em marcha para enxugar liquidez mundial, mediante aumento da taxa de juro americana, no novo contexto de guerra comercial imperialista impulsionada por Tio Sam, com o golpe de 2016.
O novo em cogitação na Fazenda, nesse momento, é preço de referência com banda flutuante, com teto e piso.
Se o preço subir mais que a referência, é segurado por um teto, para mantê-lo nessa faixa.
Se diminuir, ele forma fundo de estabilização, para pagar defasagens acumuladas pela volatilidade cambial.
Desse modo, tenta se evitar que seja repassado ao consumidor todo o peso da variação das cotações externas, submetidas às estratégias sujeitas às geopolíticas das potências que dominam mercado internacional de petróleo.
A volatilidade conjunta do dólar e do preço do petróleo colocou a economia brasileira no ritmo da instabilidade total, cujas consequências são aumento de fuga de capital para os títulos americanos, dada a expectativa negativa gerada pela liberação geral dos preços do óleo.
Rolou dissintonia completa entre a renda da população e o ritmo de reajuste de preços.
O poder de compra dos salários varia intensamente jogando prá baixo o consumo, a produção, a arrecadação e os investimentos, diminuindo a capacidade do estado como agente econômico determinante.
O acionista principal da empresa, o governo, que sempre atuou como força de dissuasão das crises de abastecimento, colocando, em primeiro lugar, o interesse público, na condição de oligopólio estatal, abriu mão para o oligopólio privado, cujo interesse é individual, privilegia a máxima lucratividade, à custa do consumidor.
Deu xabu.
Nesse contexto, os investidores calculam que o melhor para eles é apostar nos títulos da dívida pública americana do que nos títulos da dívida brasileira, que, com o desajuste estrutural dado pela política de preços de combustível, eleva o risco cambial.
A capacidade de endividamento do governo se esgota com a desaceleração da economia, com o desajuste entre renda interna da população e a sangria provocada pelo preço dos derivados, na destruição dos termos de troca.
Afinal, a Petrobras, com sua política antinacionalista, importa caro, especulativamente, e exporta barato, preço cru, em disputa canibalesca com os novos donos dos poços do pré sal, interessados em fazer dinheiro no curtíssimo prazo, no lugar de priorizar interesses geoestratégicos.
Aumenta o déficit primário do governo impulsionado pelo déficit financeiro que derruba expectativas dos agentes produtivos, quanto ao PIB, emprego, renda, consumo, produção, arrecadação e investimento.
A produção sucumbe-se à especulação, no compasso do empobrecimento relativo da população.
Resultado: a vaca atolou no brejo.
Diante desse atolamento, os investidores abandonam rapidamente ativos produtivos cujo retorno de lucratividade complicou para optar pelo jogo financeiro especulativo, no sobe e desce frenético das cotações ao sabor da ganancia dos investidores.
A volatilidade dada pelo sobe e desce do câmbio e do petróleo acelera fuga de capitais para os títulos de Tio Sam, com promessa de Trump de aumentar as taxas de juros, para compensar incertezas decorrentes do desastre cambial prolífero tupiniquim, que gera expectativa de guerra civil.
O modelo neoliberal ditado pelo mercado virou problema insolúvel.
Entra em bancarrota, portanto, a política de privatização das duas principais estatais, Eletrobrás e Petrobrás, empresas estruturantes do desenvolvimento, que não podem submeter-se às ordens do mercado especulativo, sob pena de desorganizar todas as cadeias produtivas, jogando a economia no vendável incontrolável do dinheiro, como no samba de Paulinho da Viola.
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