Sabe a ajuda que o governo diz dar às empresas? É mentira

Engana-se quem pensa que a partir de hoje os que precisam de um socorro financeiro urgente, para não falirem, podem se dirigir aos bancos para sacar o dinheiro



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Nesta terça-feira, 19 de maio, às vésperas de completar um mês da aprovação pelo Congresso Nacional do projeto de lei, foi sancionada por Bolsonaro a linha de crédito para as microempresas que faturam até R$ 360 mil por ano.

Ah, para não esquecer: coerente com sua perversidade habitual e o ódio devotado aos pequenos, o presidente vetou a carência de oito meses para o início do pagamento, bem como o dispositivo que impedia os bancos de negarem o crédito aos microempreendedores endividados.

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Ma engana-se quem pensa que a partir de hoje os que precisam de um  socorro financeiro urgente, para não falirem, podem se dirigir aos bancos para sacar o dinheiro.

O microempresário sufocado que assim o fizer certamente dará com os burros n’água. É que agora ainda falta a autorização do Conselho Monetário Nacional (CMN), para que a linha de crédito efetivamente se torne realidade. Quando isso vai acontecer ninguém sabe.

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Por falar em crédito, não merece nenhum o argumento do governo segundo o qual o atraso de todas as liberações de recursos para enfrentar a pandemia se deve a imposições legais. A chave para entender o porquê da tortura dos que estão desesperados pela sobrevivência obedece, isto sim, a uma lógica macabra.

Cabe lembrar que cerca de 13 milhões de brasileiros ainda aguardam a “análise” de seus processos para que a primeira parcela dos R$ 600 destinados aos trabalhadores informais seja liberada.

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Além disso, apenas 14% dos donos das pequenas e médias empresas (que faturam entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões) conseguiram acessar essa outra linha de financiamento disponível desde 22 de abril. Na esmagadora maioria das vezes, voltaram para casa de mãos abanando depois que os gerentes dos bancos lhes comunicaram que, na prática, esse programa ainda não existe.

Tudo isso somado, é óbvia a conclusão de que o governo, a par de sua política ultraneoliberal e fiscalista ao extremo, mira essencialmente no objetivo de jogar às pessoas de volta às ruas, minando de vez o isolamento social, único antídoto contra a pandemia assassina.

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Bolosonaro deve repetir a torto e a direito para seu círculo íntimo de generais baba-ovo: “quero ver ficar em casa sem um tostão.”

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