S.O.S - marxismo (uma corrente historiográfica) extirpada do Enem!

Infelizmente, neste ano a nova administração do Exame Nacional do Ensimo Médio alijou um dos temas mais importantes da História do Brasil: A ditadura militar de 1964; que não fez parte do conteúdo desta etapa de suma importância na vida de cada brasileiro que busca o caminho da graduação



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“Mesmo que eu achasse que grande parte da abordagem da história por Marx precisasse ser jogada no lixo, assim continuaria a levar em consideração, profunda, mas criticamente, aquilo que os japoneses chamam de um sensei mestre intelectual para quem se deve algo que não pode ser retribuído. Acontece que continuo considerando (...) que a concepção materialista de Marx é, de longe, o melhor guia para a história (...) (Hobsbawm, 1998, p.9).

Cada vez que descubro (que até mesmo alguns graduandos) em História não conhecem a obra de Eric J. Hobsbawm “entro em pânico”: Não que esteja aqui fazendo idolatria a um determinado autor; muito pelo contrário, minha missão sagrada é o sacerdócio da alumiação e, portanto tenho obrigação catedrática de orientar alunos, e outros ouvintes sedentos de conhecimento. E não se pode “beber” em qualquer fonte histórica.

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Eric John Hobsbawn é o autor da “Era do Capital”, “A Era das Revoluções”, “Sobre História”, “A Era dos Extremos”, “Bandidos”, “A história do Marxismo” e etc.

Hobsbawm adotou o materialismo histórico como corrente historiográfica, porém teceu suas críticas em relação ao marxismo - e uma delas foi à de que tal corrente interpreta a história de forma economicista.

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O historiador nasceu na Alexandria, sob domínio inglês, em 09 de junho de 1917 – Em plena Revolução Russa – o menino filho de judeus, perdeu os pais em 1931, e então foi morar em Berlin, na Alemanha – e lá como estudante secundarista começou militar na corrente comunista. Formou-se em História em Cambridge, quando ganhou uma bolsa de estudos. 

Infelizmente, neste ano a nova administração do EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO alijou um dos temas mais importantes da História do Brasil: A ditadura militar de 1964; que não fez parte do conteúdo desta etapa de suma importância na vida de cada brasileiro que busca o caminho da graduação. O INEP divulgou que os temas tratados nesta edição do ENEN serão “neutros” e com “foco somente nos conteúdos escolares”.

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 E aí perguntamos: Quais são estes conteúdos?

O número de pessoas que foram assassinadas pela cruel e sanguinária Ditadura Militar a partir do ano de 1964 até o ano de 1985, não se constitui em um conteúdo ou componente curricular escolar da disciplina História?

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Realmente a escola marxista esta bem representada por um “pai” que reflete e profere: O capitalismo gera o seu próprio coveiro. Karl Marx escreveu obras como “O capital”, onde ele critica o Capitalismo. O seu trabalho como filósofo, sociólogo, economista e historiador funda o socialismo científico. A sociologia, a filosofia, e a história foram sensibilizadas pela base teórica cientificista fundada por ele. 

E a historiografia conta com o materialismo histórico ou marxismo como forma de DESCREVER a historicidade do Homem e suas relações humanas neste planeta. 

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Ainda bem que nós historiadores ainda estamos ativos para trazer à tona pensamentos como este: “A história, mesmo quando generaliza com muita eficácia - e em minha opinião ela não vale muita coisa se não generaliza – sempre está atenta à dessemelhança. A primeira lição que um historiador profissional aprende é ficar à espreita de anacronismo ou de diferenças naquilo que a primeira vista parece ser a mesma coisa, como a monarquia britânica em 1797, e em 1997”.

Eric Hobsbawm.

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