Rodrigo Janot tem outro sobrenome: Golpe
Janot mal sabe, e se sabe está pouco a se lixar, que se Dilma sofrer um golpe de estado o próximo mandatário não vai governar. A República vai ficar ingovernável em todos os setores e segmentos e as ruas vão se transformar em campos de manifestações intermináveis, quando não de batalhas
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Rodrigo Janot é procurador-geral da República, mas trabalha mesmo no âmbito provinciano do Paraná, cujo condestável juiz de primeira instância, Sérgio Moro (PSDB/PR), trabalha como ponta de lança para se concretizar um golpe de direita e, portanto, criminoso, contra a presidente Dilma Rousseff, o Estado de Direito e a democracia.
Janot, que deve acrescentar ao seu sobrenome a palavra Golpe, está a preparar sua biografia para a história como um golpista que, não só participou de uma hipotética derrubada de uma presidente constitucional, bem como liderou o golpe, a se aproveitar de seu cargo público pago com o dinheiro do contribuinte, sendo que dezenas de milhões desses cidadãos votaram em Dilma Rousseff.
A História é muito dura e cruel com os golpistas, inclusive a citá-los eternamente como acontece com os golpistas vivos e mortos de 1964, que hoje compõem o lado sombrio da História. Certamente que, se o golpe acontecer, o nome de Rodrigo Janot vai ser escrito com letras garrafais, inclusive como uma autoridade que validou os grampos ilegais de Sérgio Moro, que foram vazados para o público, sendo que Lula já era, sim, ministro nomeado e Dilma, obviamente, a presidente da República.
Um escândalo contra a segurança nacional. A validação do crime tem por objetivo cassar o mandato da mandatária trabalhista, pois "legalizaria" a escuta ilegal e ainda daria pano para manga no âmbito do STF, porque Dilma seria acusada de crime de responsabilidade por intervir na Justiça, bem como fragilizaria Lula no que concerne ficar à mercê das diatribes do juiz Moro e dos procuradores obsessivos e politizados do Paraná.
O futuro de Janot, depois de aposentado, vai ser o desprezo e seu "esquecimento" pelos segmentos democráticos e legalistas da sociedade, que não vão ter com ele a mínima compaixão, pois sabedores de que se trata de um golpista perigoso, não só para as instituições brasileiras, mas, sobretudo, no que concerne aos interesses do povo, que hoje estão em perigo se o golpe dos direitistas sair vitorioso.
Janot vai ter de se resumir a perambular pelos círculos burgueses e conservadores, a frequentar encontros sociais e empresariais dos quais vai participar para dar conselhos e consultas jurídicas, além de viver à sombra de sua fama de golpista, pois admirado pelos setores mais reacionários da sociedade, que vão lhe dar guarida, como acontecia com os antigos golpistas de proa, hoje quase todos mortos, após a total redemocratização do Brasil depois das eleições presidenciais de 1989.
Vai ser a punição infringida aos que transgridem e desrespeitam as regras do jogo democrático, pois se evidencia a violação do contrato social exemplificado na Constituição. Trata-se da herança deixada pela sociedade aos golpistas, que sabem que estão a cometer crimes e compreendem que o País vai ficar ingovernável por causa de um golpe de estado travestido de impeachment.
Um golpe que tem como propósito apenas dar verniz de legalidade ao crime, quando, na verdade, ele não existe, porque Dilma Rousseff não cometeu dolo, ou seja, crime de responsabilidade, como está mais do que comprovado, principalmente no que diz respeito à sua defesa feita pelo AGU José Eduardo Cardozo, na Comissão do Impeachment (Golpe), majoritariamente composta por parlamentares golpistas liderados pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, réu no STF.
Um político que chafurda na lama da corrupção, porque envolvido na Lava Jato, dentre outros escândalos, mas blindado pela imprensa de mercado mais manipuladora e corrupta do planeta, além de contar com a cumplicidade e a morosidade de certos juízes do STF, bem como da PGR e da Vara do Moro, que procrastinam seu afastamento presidência do Legislativo, até que o golpe vingue, independente das graves acusações imputadas a Eduardo Cunha. Nada mais mequetrefe e rastaquera. Nada é mais seletivo, o que causa revolta aos eleitores de Dilma e às pessoas democratas e legalistas.
O procurador-geral, Rodrigo Janot incorre em muitos erros e ao que parece não se importa como vai se desdobrar essa crise política sem precedentes que abala o Brasil e prejudica seriamente a economia, a ter a Petrobras como alvo de uma direita predadora, que deseja tomar de assalto o poder, impor as bases do neoliberalismo fracassado no mundo todo ao Brasil, além de se alinhar automaticamente aos interesses dos Estados Unidos, a levar o poderoso País da América do Sul ao retrocesso na condição vergonhosa de colônia.
É inacreditável a que ponto pode chegar servidores públicos sem um único voto, a exemplo de Rodrigo Janot. Muda de opinião como se muda de camisa, conforme o ritmo da música. A verdade é que Janot, depois de emitir parecer favorável à nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil, agora, em novo parecer, recomenda ao STF a anulação da nomeação do ex-presidente porque ele acredita ver "indícios" de desvio de finalidade da presidenta Dilma Rousseff para tentar impedir as investigações da Operação Lava Jato.
Chega a ser surreal a postura dúbia desse servidor que, nitidamente, está a liderar o golpe de estado com verniz de impeachment legal. A verdade é uma só, e ela não tergiversa com a realidade: a anulação da nomeação de Lula, cidadão que não responde a qualquer processo, não é e nunca foi réu e que tem todos seus direitos civis assegurados é de finalidade política e visa impedir, sobretudo, que Lula restabeleça e recomponha a base do governo no Congresso, de forma que o Governo retome a governabilidade e, com efeito, inicie o processo de crescimento da economia.
Além disso, ressalta-se para o bem da verdade, que Rodrigo Janot quer derrubar Dilma Rousseff do poder de forma sorrateira, dissimulada e desleal. Trata-se de uma ousadia e atrevimento de essências sórdidas, porque ao recomendar ao STF que anule a nomeação de Lula para a Casa Civil e fazer ilações por escrito que nomeá-lo tem por propósito, conforme os "indícios", de "desvio de finalidade da presidenta Dilma Rousseff para tentar impedir as investigações da Operação Lava Jato, o procurador sedimenta o golpe e sinaliza que sua mudança de opinião era apenas uma estratégia para acusar Dilma e derrubá-la do poder.
Ou seja: Janot está a afirmar, categoricamente, que a presidente cometeu crime de responsabilidade porque interveio no processo da Lava Jato, uma operação nitidamente de caráter oposicionista, que tem lado partidário, cor ideológica e preferências políticas, que, concretamente, somam-se aos interesses golpistas do PSDB, do DEM, do PPS, da Fiesp, dos latifundiários e das grandes corporações nacionais e internacionais, bem como, evidentemente, atendem aos interesses dos magnatas bilionários de imprensa, os piores, os mais perversos e os mais golpistas de todo o empresariado. Os verdadeiros plutocratas.
Trata-se de um processo dantesco, antinacionalista e antidemocrático, que luta para retroceder aos tempos do neoliberalismo tucano, assim como dar fim aos programas de igualdade, de oportunidades e de inclusão social, além de engessar os projetos de recuperação do poder do Estado, como agente indutor do desenvolvimento nacional e promotor de distribuição de renda e de riqueza. A resumir: transformar o estado em estado mínimo. Uma verdadeira desgraça para o povo brasileiro.
O procurador-geral, reafirmo, nunca mudou de opinião, mas apenas deu o primeiro parecer meia boca "favorável" à posse de Lula porque estava a dar tempo ao juiz do STF, Gilmar Mendes, do PSDB do Mato Grosso, um juiz arbitrário, de posições conservadoras, oposicionistas e que odeia o PT, o Lula e a Dilma. Gilmar vai ser empossado presidente do TSE, sendo que vai ser por tal tribunal que a oposição vai de fato tentar o golpe descarado e dissimulado com ares de "legalidade", que neste caso é tão tênue e frágil, porque tal golpismo não tem consistência jurídica e nem mesmo política.
A intenção de Janot, Gilmar e Moro é dar um golpe jurídico, com o apoio insano de coxinhas de classe média consumidores dos desatinos de uma imprensa de negócios privados de histórico golpista, que fez do jornalismo uma ferramenta de manipulação, distorção e de mentira todo santo dia, pois o verdadeiro, genuíno e autêntico jornalismo de esgoto.
Além disso, por intermédio da delação "premiada" mequetrefe de Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez e de outros executivos, esse pessoal golpista do sistema judiciário vai tentar o golpe via TSE, porque, incrivelmente, a empreiteira mais tucana do País, de origem mineira e financiadora contumaz das campanhas do PSDB, especialmente as do senador Aécio Neves, somente acusou e denunciou o PT, realidade que sinaliza que o golpe vai ser pelo TSE de Gilmar Mendes, que, useiro e vezeiro em atacar o PT e suas lideranças em público, vai abrir espaços para o golpe ilegal e imoral.
Janot mal sabe, e se sabe está pouco a se lixar, que se Dilma sofrer um golpe de estado o próximo mandatário não vai governar. A República vai ficar ingovernável em todos os setores e segmentos e as ruas vão se transformar em campos de manifestações intermináveis, quando não de batalhas. O Congresso vai virar um vulcão e os movimentos sociais, sindicatos e confederações vão parar este País. O golpe de direita efetivado por seus áulicos e beneficiados vai fazer os golpistas de direita comer um dobrado, assim como a paz se tornar uma palavra apenas resumida ao dicionário.
Deem o golpe, mas paguem a conta, que vai ser muito cara e alta para os golpistas, a começar pela História. O golpe vai ser denunciado e repercutido no exterior. Lugar de golpista deveria ser na cadeia, porque golpistas não têm direito a conviver com a sociedade vítima de quebra do jogo democrático, em flagrante desrespeito à Constituição e ao Estado Democrático de Direito, por aqueles que não aceitam os resultados das eleições presidenciais de 2014 e querem simplesmente invalidar os votos de 54,5 milhões de pessoas, que não acreditaram nas propostas da direita apresentadas ao povo pelo PSDB e seus aliados.
Dilma Rousseff venceu as eleições legalmente e não vão ser servidores públicos politicamente conservadores e elitistas que vão transformar o Brasil em república das bananas para que a casa grande possa se locupletar mais do que já se locupleta. O tempo dos escravos acabou. Eu sei que os coxinhas querem suas empregadas domésticas de volta ao quartinho que representa a senzala em miniatura.
Porém, vão ter de assinar carteira e pagar todos seus direitos trabalhistas. Além disso, Dilma nomeia quem ela quiser para montar sua equipe, e Lula não é criminoso, são plenos seus direitos civis e, por sua vez, tem o direito de assumir a Casa Civil. A verdade é que Rodrigo Janot acrescentou mais um sobrenome ao seu nome: Golpe. Não vai ter golpe! Vai ter luta! É isso aí.
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