Revolução cultural do Mao Tse Tung de araque atropela Regina Duarte
"Nem mesmo suas juras de amor à ditadura e à censura comoveram o Mao Tse Tung da Virginia, que continua dando as cartas na cultura do estado brasileiro", diz Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia, sobre a saída de Regina Duarte do governo Jair Bolsonaro
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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
Não sei se é correto dizer que a Regina Duarte saiu da secretaria da cultura porque há dúvidas se ela entrou. Nem mesmo suas juras de amor à ditadura e à censura comoveram o Mao Tse Tung da Virginia, que continua dando as cartas na cultura do estado brasileiro.
Joguem na fogueira, ordenou ele. Seria o caso de perguntar: a Regina ou a cultura?
Ou ambas?
Estava na cara que a Viúva Porcina jamais conseguiria desempenhar a contento sua missão, que era comandar uma cruzada para banir de todas as formas possíveis manifestações culturais, do passado ou do presente, que não fossem explicitamente de direita do território nacional, mas sem cair no nazismo explícito do seu antecessor. E em plena democracia. E com toda a classe artística vendo tudo.
Não é tarefa para principiantes, ainda mais para quem passou a vida toda falando textos escritos por outros.
Estava escrito nas estrelas que além de ser massacrada pela direita também apanharia da esquerda, mas ela não ouviu os oráculos. Rompeu contrato eterno com a Globo para se casar com o maior vilão de todas as novelas que já fez na vida.
O último capítulo foi ao ar hoje. Removida de Brasília, a rainha da sucata volta a São Paulo para dirigir a Cinemateca. Ganha um prêmio de consolação. Sai dos holofotes. Aquela entrevista na CNN não será esquecida tão cedo.
Não havia dúvida que o desfecho seria esse, fosse qual fosse o autor desse folhetim. O Mao Tse Tung de araque conseguiu ganhar mais uma. E é isso que preocupa, seja quem for o próximo.
A queda de Regina quer dizer que a risível e inconstitucional revolução cultural de Olavo de Carvalho continua em marcha, apesar dos sinais de que o governo Bolsonaro agoniza e da resistência das instituições democráticas.
Ninguém faz uma boa revolução cultural sem uma boa ditadura.
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