Reta final. O tiro no pé com Jefferson e a bala de prata de Bebianno

Gustavo Bebianno
Gustavo Bebianno (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)


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Muitos não entendem como Bolsonaro consegue, a essa altura do campeonato, os votos que tem. A verdade é que após a vitória de Lula, administrar um país com metade de pessoas com sentimento de ódio, misóginos, racistas, preconceituoso e nazista ao extremo. A missão não será muito fácil, mas a democracia, tal qual um filme de super-heróis, vencerá no fim do filme. Apenas não caminharemos tranquilos ao pôr-do-sol, pois as gangues estarão a espreita a cada passo dado nas ruas e no Congresso. O presidente também não se dará por vencido, mesmo com seus ministros pedindo arrego nesse momento a campanha pela democracia.

Poderia ter sido uma campanha menos raivosa, se o Supremo não fosse mais firme com a campanha bolsonarista. Mas ter calma, não é o nome do meio de Jair. Sempre foi uma pessoa perigosa, desde os tempos da caserna. Onde o STM condenou por unanimidade, por "conduta irregular e praticado atos que afetam a honra pessoal, o pundonor militar e o decoro da classe". O capitão, na época, queria reivindicar melhores salários, mas não bastavam debates nos fóruns competentes. Bolsonaro planejou explodir bombas em quartéis e em sistema de abastecimento de água. Sempre tenta se envolver em grandes espetáculos perigosos para atrair a atenção e respeito.

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A patologia do presidente por violência sempre foi exposta, desde sua admiração por torturadores e fascistas, quanto a verborragia nas discussões. Desde o golpe de 2016, se aproveitando da onda de ódio crescente nos problemas sociais, sem capacidade de participar de debates eleitorais, foi vítima da facada. Foi como sempre, o grande teatro para emocionar as pessoas. O documentário 'Bolsonaro e Adélio - Uma fakeada no coração do Brasil', realizado pelo jornalista Joaquim de Carvalho, desbrava esse início de estratégia de campanha do presidente. Estratégia que teve que usar ao longo de um mandato cheio de problemas e polêmicas.

O tiro no pé, da estratégia da campanha de Bolsonaro, foia  resistência de Roberto Jefferson a Polícia Federal, em um dos maiores vexames da instituição. Jefferson, grande aliado e um dos coordenadores da campanha de Bolsonaro, vem lutando contra um câncer gravíssimo desde 2012, ficando internado diversas vezes entre a vida e a morte. Tentou ser um mártir na reeleição de Bolsonaro. Um último suspiro e se tornando exemplo para a horda bolsonarista que deveria se insurgir contra as instituições a bala. O tiro saiu pela culatra. Virou homicida, jogando até granada. Achava que seria uma missão importante ir contra a PF, STF e demais instituições, a favor da pretensa liberdade de ser ditador. Todos os passos de Jefferson eram discutidos com o presidente, que achou que poderia se safar logo após a insurgência, pois o presidente mandou o Ministro da Justiça ir pessoalmente ver o caso, assim como o padre de festa junina Kelson e uma Polícia Federal conivente e passiva diante de um atentado criminoso aos agentes.

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Um fato bombástico a favor deles foi frustrado e as redes sociais do presidente deram uma guinada de 360 graus, tentando desassociar a imagem de Bolsonaro a Jefferson. Estimular a violência nas ruas de seus seguidores fanáticos, tal qual a Invasão do Capitólio, ainda pode acontecer. Um ato tipicamente bolsonarista. Mas a pergunta que não quer calar: Onde uma pessoa presa, mesmo em residência, consegue montar um arsenal espetacular de uso restrito das forças armadas e até granada?

Na reta final das eleições, esse cenário muda um pouco a configuração de eleitores que fogem de Jair Bolsonaro. Um fato poderá apimentar mais essa campanha eleitoral. O fato que André janones está com o celular do melhor amigo de Bolsonaro, Bebiano. O dossiê e o celular, eram as maiores preocupações do presidente com seu amigo e confidente. A boca pequena, dizem que o conteúdo é uma bomba atômica para a campanha do atual presidente. A reta final será dura antes, durante e depois. Aguardem os próximos capítulos.

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