Repressão na Funarte foi aperitivo

"Nesta segunda-feira, às seis horas da manhã, a polícia invadiu o Palácio Campanema e expulsou os funcionários e ativistas que ocupavam as instalações da Funarte desde maio, quando o governo interino extinguiu o Minc. Recriada a pasta como arremedo do que era, eles continuaram a ocupação com a bandeira Fora Temer. Foi um aviso: se o golpe for confirmado pelo Senado e Temer efetivado, o recurso à repressão vai se tornar rotineiro no país", prevê a colunista do 247 Tereza Cruvinel; "Governos autoritários não escapam de duas tentações: calar as divergências e reprimir as insurgências", alerta a jornalista

"Nesta segunda-feira, às seis horas da manhã, a polícia invadiu o Palácio Campanema e expulsou os funcionários e ativistas que ocupavam as instalações da Funarte desde maio, quando o governo interino extinguiu o Minc. Recriada a pasta como arremedo do que era, eles continuaram a ocupação com a bandeira Fora Temer. Foi um aviso: se o golpe for confirmado pelo Senado e Temer efetivado, o recurso à repressão vai se tornar rotineiro no país", prevê a colunista do 247 Tereza Cruvinel; "Governos autoritários não escapam de duas tentações: calar as divergências e reprimir as insurgências", alerta a jornalista
"Nesta segunda-feira, às seis horas da manhã, a polícia invadiu o Palácio Campanema e expulsou os funcionários e ativistas que ocupavam as instalações da Funarte desde maio, quando o governo interino extinguiu o Minc. Recriada a pasta como arremedo do que era, eles continuaram a ocupação com a bandeira Fora Temer. Foi um aviso: se o golpe for confirmado pelo Senado e Temer efetivado, o recurso à repressão vai se tornar rotineiro no país", prevê a colunista do 247 Tereza Cruvinel; "Governos autoritários não escapam de duas tentações: calar as divergências e reprimir as insurgências", alerta a jornalista (Foto: Tereza Cruvinel)


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Nesta segunda-feira, às seis horas da manhã, a polícia invadiu o Palácio Campanema e expulsou os funcionários e ativistas que ocupavam as instalações da Funarte desde maio, quando o governo interino extinguiu o Minc. Recriada a pasta como arremedo do que era, eles continuaram a ocupação com a bandeira Fora Temer. Foi um aviso: se o golpe for confirmado pelo Senado e Temer efetivado, o recurso à repressão vai se tornar rotineiro no país.

Governos autoritários não escapam de duas tentações: calar as divergências e reprimir as insurgências. Na interinidade, Temer interveio na EBC e investiu contra blogs e sites alternativos cortando seus patrocínios. Até aqui, tolerou as manifestações contra o golpe e contra seu governo, até porque ainda podem ocorrer manifestações pró-impeachment. Até para usar o método dos “dois pesos, duas medidas”, é preciso algum cuidado. Mas depois de agosto, se o golpe prevalecer, não há dúvida. Haverá repressão.

E nem será por impulso irrefreável ao sadismo social. Será uma imposição das circunstâncias. As reformas neoliberais que o governo proporá vão gerar protestos, greves e manifestações, único recurso para tentar evitar a perda de direitos e conquistas. As centrais sindicais podem responder até com a greve geral à reforma trabalhista anunciada. A da previdência terá que mobilizar os jovens, pois eles, mais que os idosos de hoje, é que terão o futuro afetado pelas mudanças. O desmonte de políticas públicas dos anos recentes vai se acelerar, engrossando os protestos. E aí, será inevitável para o governo, por sua natureza autoritária e seus compromissos conservadores,  o recurso à repressão.

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Os que frequentam as ruas podem começar a recordar as técnicas de enfrentamento do gás lacrimogêneo e outras técnicas policiais de repressão a protestos.

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