Replay da ditadura
"O Brasil precisa saber se o carro foi atingido parado ou em movimento e por qual motivo. Os soldados mandaram parar e o motorista não parou? E ser mandaram parar, por que o fizeram?", questiona o jornalista Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia, sobre o fuzilamento de Evaldo Rosa dos Santos com 81 tiros por militares do Exército; "O Brasil precisa saber de todos os detalhes desse julgamento porque somente com essa exposição dramática o episódio servirá de advertência para que fatos iguais não voltem a acontecer"
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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia - O Brasil tem o direito de ser informado acerca de todos os detalhes do episódio em que um músico Evaldo Rosa e seu sogro foram fuzilados dentro do carro Ford Ka, diante da mulher e do filho de Evaldo, em Guadalupe, Rio de Janeiro, a caminho de um chá de bebê, às 14h30 do último domingo, 7 de abril.
O Brasil precisa saber se o carro foi atingido parado ou em movimento e por qual motivo. Os soldados mandaram parar e o motorista não parou? E ser mandaram parar, por que o fizeram?
O Brasil precisa saber se todos os nove soldados que hoje começam a cumprir prisão preventiva atiraram no carro. E por que foi necessário que tantos soldados atirassem no mesmo alvo de onde não partira um tiro?
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O Brasil precisa saber os nomes dos soldados envolvidos, já que em todas as mais recentes operações policiais pessoas que não cometeram assassinato foram identificadas.
O Brasil precisa saber a que penas os soldados estão sujeitos e de que forma será indenizada a família das vítimas.
O Brasil precisa saber de todos os detalhes desse julgamento porque somente com essa exposição dramática o episódio servirá de advertência para que fatos iguais não voltem a acontecer.
Mas uma coisa o Brasil já sabe: como era a vida sob a ditadura de 64.
Foi um replay.
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