Renúncia? Cassação? Diretas Já? Como Temer vai sair do poder?

"Ninguém pode governar sustentado pelos números que Temer apresenta na mais recente pesquisa do insuspeito Datafolha. Ninguém pode governar para apenas 9% da população. Ninguém pode governar com 85% da população pedindo Diretas Já. Ninguém pode governar dentro do mar de lama que virou seu governo com oito ministros suspeitos de corrupção. Getúlio deu um tiro no coração. Jânio fugiu de Brasília. Jango foi derrubado pelos generais. Collor saiu escorraçado pelo povo. Dilma sofreu impeachment fraudulento. A questão é: como Temer vai sair do poder?", analisa o articulista ALlex Solnik, ao comentar o recorde de insatisfação popular enfrentado por Michel Temer

Temer diminuto
Temer diminuto (Foto: Alex Solnik)


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Ninguém pode governar sustentado pelos números que Temer apresenta na mais recente pesquisa do insuspeito Datafolha.

Ninguém pode governar para apenas 9% da população.

Ninguém pode governar com 85% da população pedindo Diretas Já.

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Ninguém pode governar dentro do mar de lama que virou seu governo com oito ministros suspeitos de corrupção.

Getúlio deu um tiro no coração. Jânio fugiu de Brasília. Jango foi derrubado pelos generais. Collor saiu escorraçado pelo povo. Dilma sofreu impeachment fraudulento.

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A questão é: como Temer vai sair do poder?

A maneira mais civilizada seria fazer como fez recentemente a primeira-ministra inglesa Theresa May. Questionada sobre a legitimidade de seu governo acerca de conduzir o Brexit convocou convocou Diretas Já - marcadas para 2020 -para o dia 8 de junho próximo. “Precisamos de eleição geral e precisamos agora” disse ela.

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É fato notório, no entanto, que May está escorada na maioria popular que votou a favor do Brexit, e tende a ter sucesso nas urnas, enquanto Temer tem apenas 2% de preferência dentre os presidenciáveis.

Mas prestaria um grande serviço ao país reconhecendo o fracasso de seu minigoverno e saindo da vida política para entrar no ostracismo.
Seria uma renúncia disfarçada de Diretas Já. Faria bem à sua biografia. Ele seria, pela primeira vez, aplaudido nas ruas. E evitaria o risco de entrar para a história como um presidente cassado.

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A outra maneira, mais dolorosa e menos honrada, seria a cassação da chapa Dilma-Temer no TSE, cuja tramitação, no entanto, não se caracteriza pela urgência que o caso requer e oferece a possibilidade de recursos que tendem a protelar a decisão ad eternum.

A terceira via é o Congresso aprovar a emenda das Diretas Já apresentada há poucos dias por um grupo de deputados que preconiza a antecipação das eleições presidenciais para 15 de outubro de 2017.

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Qualquer que seja a opção – a que Temer pode escolher (convocação de eleições) ou a que ele terá de aceitar (cassação ou Diretas Já) – é urgente a definição de uma saída, pois já se constatou que a presença de Temer no Palácio do Planalto não vai trazer nada de bom para a maioria da nação, ao contrário.

Cada dia de Temer na presidência é um dia a menos na luta pela diminuição das desigualdades sociais – o problema número 1 da nação brasileira.

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