Renovação do futebol, só com democratização da mídia
A ideia é simples, de inspiração argentina. O governo amplia o orçamento da TV Brasil, que adquire os direitos de transmissão de todas as séries do campeonato brasileiro
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A ideia é simples, de inspiração argentina.
1. O governo amplia o orçamento da TV Brasil, nossa ainda mirrada companhia pública de televisão, em 800 milhões de reais.
2. O governo negocia com os clubes e a CBF que somente haverá negociação da dívida fiscal se os direitos de transmissão de todas as séries do campeonato brasileiro de futebol e os jogos da seleção forem vendidos a TV Brasil.
3. O Ministerio das Comunicações, por portaria, obriga que a TV Brasil ocupe um dos quinze primeiros lugares do dial, tanto analógico quanto digital, em todas as cidades.
Três coelhos estariam mortos com uma só cajadada: o principal monopólio eletrônico da comunicação seria enfraquecido, aumentando a concorrência e a pluralidade; o pais passaria a ter uma televisão pública com recursos de monta, além de deter um extraordinário instrumento para alavancar tanto audiência quanto receita publicitária; as entidades do futebol passam a ter como interlocutor um agente público, não mais uma corporação privada com seus interesses meramente comerciais.
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