Renan Filho e o risco da eleição da Mesa Diretora

Talvez esta seja hora de impedir que os grupos se formem. Caso contrário o custo será imensamente maior. A Assembleia Legislativa de Alagoas tem curso de pós-doutorado nesse item. A história revela



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Um dos maiores erros políticos da extensa e vitoriosa carreira de Divaldo Suruagy foi não ter dado a devida atenção aos deputados eleitos e reeleitos e às discussões sobre a eleição da Mesa da Assembleia Legislativa. Tudo começou em 1994, quando ele também foi levado ao Executivo com cerca de 80% dos votos para cumprir o seu terceiro mandato de governador. Quando resolveu se envolver já era tarde.

Os deputados haviam se fechado em torno de um grupo majoritário e não aceitaram a interferência do governador. Principiante no legislativo estadual, Antônio Albuquerque foi eleito presidente da Mesa. Em julho de 1997 Suruagy deixou o poder por conta de uma grave crise financeira, social e política. Testemunhou o seu vice, Manoel Gomes de Barros, substituí-lo e viu o início da sua derrocada política.

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Agora 2014. Renan Filho é eleito ainda no 1º turno. Contudo, ainda não deu passos para se envolver na eleição da futura Mesa do Legislativo. E já há deputados agindo, conversando, fechando alianças, compromissos e formando grupos.

Um deputado eleito me confidenciou que não foi procurado por ninguém do governo eleito. Mas já está sendo assediado por raposas experientes sobre o funcionamento da Assembleia. Tem evitado participar de reuniões e discussões para não se comprometer e fechar um entendimento que, depois de feito, dificilmente se tem como voltar atrás. Mas o prazo para uma decisão tem limites.

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Talvez esta seja hora de impedir que os grupos se formem. Caso contrário o custo será imensamente maior. A Assembleia Legislativa de Alagoas tem curso de pós-doutorado nesse item. A história revela.

Todavia, há outros caminhos: primeiro não se envolver. É uma decisão que pode custar caro porque se perde o poder político. Segundo, ir pro confronto. Esta segunda opção é suicídio de um governo.

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Infelizmente, boa parte do eleitorado discute eleição para governador, senador e prefeito, mas nem tanto para deputado. Daí termos, na maioria dos casos, representantes de qualidade duvidosa nos parlamentos.

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