Renan e o debate sobre o futuro do São Francisco
Caminho para a transformação econômica do Sertão passa pela fruticultura e não pelo apoio a criação de bovinos e caprinos. Para a produção de frutas não é preciso grandes propriedades e elas poderão ser exportadas ou transformadas, por exemplo, em doces, o que significa implantação de pequenas empresas transformadoras
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Se as questões envolvendo o Rio São Francisco já eram motivo de debate e mobilização dos ribeirinhos, o tema ganhou ainda mais destaque com a novela Velho Chico, da TV Globo. O debate mobiliza diversos setores, caso do Tribunal de Contas da União (TCU), que realizou, em Brasília, o seminário "Diálogo Público: Revitalização do São Francisco".
O governador Renan Filho (PMDB) foi um dos participantes do painel "Quais os desafios na gestão dos recursos e na melhoria das condições socioambientais da bacia do São Francisco?" O painel debateu conservação de solo na recomposição da mata ciliar, impactos nas cidades ribeirinhas e o papel dos municípios na revitalização do rio, saneamento e o reuso da água.
Renan defendeu a "a necessidade de movimentar a economia da região do semiárido, possuinte de vocação para atividades como a fruticultura irrigada, que tem uma grande capacidade de geração de emprego."
De fato, o caminho para a transformação econômica do Sertão passa pela fruticultura e não pelo apoio a criação de bovinos e caprinos. Para a produção de frutas não é preciso grandes propriedades e elas poderão ser exportadas ou transformadas, por exemplo, em doces, o que significa implantação de pequenas empresas transformadoras.
Tudo isso fixa o homem ao campo, melhora sua condição de vida, gera empregos e transforma a realidade social e econômica da região. Entretanto, essa possibilidade só ocorrerá com o envolvimento do governo federal, dos estados e municípios cortados pelo São Francisco, que terá que ser revitalizado. O Rio tem 2.814 quilômetros, passa por 5 estados e 521 municípios,
Na Secretaria de estado de Agricultura, comandada por Álvaro Vasconcelos, projetos com essa visão existem. Mas para serem implantados, em sua totalidade, dependem do envolvimento de todos os entes da República. É que há necessidade de grandes investimentos.
Caso isso seja viabilizado ainda no governo Renan Filho, do ponto de vista político lhe dará uma visibilidade que irá ultrapassar as fronteiras do Nordeste. E por um fato simples: transforma a realidade social e econômica de uma das regiões mais pobres do Brasil.
Leia abaixo reportagem da Agência Alagoas sobre o Seminário ocorrido em Brasília:
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