Renan, Dino, Rui, Ciro e os cuidados com o vice escolhido
Depois da atuação decisiva de Michel Temer para derrubar a presidente Dilma Rousseff, nunca a escolha do vice por parte do cabeça da chapa majoritária foi tão importante quanto agora. É como se fosse uma escolha entre algo próximo ao paraíso ou do inferno; dormir o sono dos justos ou fechar os olhos e ter pesadelos; e se dormir saber que deitou com o inimigo
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Depois da atuação decisiva de Michel Temer para derrubar a presidente Dilma Rousseff, nunca a escolha do vice por parte do cabeça da chapa majoritária foi tão importante quanto agora. É como se fosse uma escolha entre algo próximo ao paraíso ou do inferno; dormir o sono dos justos ou fechar os olhos e ter pesadelos; e se dormir saber que deitou com o inimigo.
Por isso nas eleições deste ano o vice é fundamental. Em alguns estados a situação é tranquila por conta da força política dos governadores que vão disputar à reeleição, casos de Rui Costa (PT), na Bahia, que vai manter o mesmo vice, João Leão (PP), Flávio Dino (PCdoB), no Maranhão, com Carlos Brandão (PRB), e Renan Filho, em Alagoas, que deve optar entre os amigos e aliados, caso do atual vice-governador e ex-secretário de Educação, Luciano Barbosa, ou o ex-secretário do Gabinete Civil, Fábio Farias.
Em comum entre os três governadores o fato de que provavelmente enfrentarão uma reeleição tranquila. Nos casos da Bahia e de Alagoas, por exemplo, os dois principais oponentes, os prefeitos de Salvador e Maceió, ACM Neto (DEM), e Rui Palmeira (PSDB), respectivamente, preferiram permanecer nos cargos.
Na corrida pela Presidência é o pré-candidato Ciro Gomes (PDT) quem tem demonstrado os maiores cuidados. A escolha não pode ser apenas pelos votos e tempo de propaganda eleitoral. Mas também pela tranquilidade e proximidade entre o titular e o substituto.
O ex-ministro tem como nome preferido o do empresário Benjamin Steinbruch, do PP, que cumpriria papel semelhante ao de José Alencar na primeira eleição de Lula, que é dar o aval de parte do PIB a um hipotético governo Ciro.
O dono da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e Ciro são amigos. O cearense já trabalhou para Steinbruch, que é considerado um empresário de visão mais desenvolvimentista, com sensibilidade social e defensor da ação do Estado como indutor do desenvolvimento.
No entanto, caso esse casamento não dê certo por conta de todas as variantes da política, o PDT também negocia com o PSB, que pode querer indicar o vice. E o nome mais citado é o do ex-prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, que também é próximo de Ciro, com quem já trabalhou em Brasília.
Ou seja, para Renan, Dino, Rui e Ciro as discussões e prováveis escolhas iniciais para indicação do vice não tem sido algo complicado. É que os nomes postos têm antiga relação pessoal, profissional e política.
Afinal de contas, chega de surpresas como o renascimento político de mordomo de filme de vampiro de quinta categoria.
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