Regulação do mercado de capitais
Fortes estrondos econômicos repercutem na economia globalizada, igualmente as estatísticas sobre previsões eleitorais, nada igual ao que se assiste no Brasil
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Fortes estrondos econômicos repercutem na economia globalizada, igualmente as estatísticas sobre previsões eleitorais, nada igual ao que se assiste no Brasil.
Países civilizados que contam com efetivos órgãos de regulação e supervisão do mercado, ao menor sinal de alerta, pedem esclarecimentos às empresas e trazem para a sua responsabilidade o conceito mais plural de governança corporativa.
O processo de eleição no Brasil gera um entrechoque de interesses e os rumores de oscilação entre candidatos fazem subir e descer alopradamente, sem fundamento, os preços das ações.
Conquanto o órgão de regulação destacasse a absoluta normalidade, sem exageros ou excessos, não é o angulo pontual que se descortina o momento da negociação dos títulos, eis que, em menos de 24 horas, um determinado papel que teve exponencial valorização, no dia seguinte, apresenta uma queda brusca.
Soma-se o fato do número de ações em negociação, e quem seriam os grandes investidores alocando recursos financeiros, por intermédio das corretoras.
Uma análise profunda, e de maior envergadura caberia ser feita, pois que a especulação afasta o investidor e faz com que a rejeição seja maior, mediante índices não objetivos de confiança e credibilidade.
O mapeamento com o respectivo rastreamento é papel fundamental das entidades e, ao menor sinal de reviravolta nas pesquisas eleitorais, o fenômeno assola com força total, para baixo e para cima, sem qualquer explicação mais razoável que possa ser aceita.
Desde o acontecimento no mercado externo, passando pela Lei Sarbanes- Oxley e ganhando corpo na Dodd Fred, hoje os países desenvolvidos marcam rigorosamente as operações e suscitam explicações consistentes e dados macroeconômicos de negociação dos papeis.
Não podemos resumir a uma ópera bufa a movimentação ascendente e descendente de papéis em circulação no mercado, essencialmente aqueles relacionados com as sociedades de economia mista, cujo controlador é o Estado.
Dias atrás um conceituado empresário afirmou que a governança corporativa não é representativa ou significativa nas estatais, teria color simbólico, pois que os administradores e conselho cumprem fiel e prontamente as deliberações do majoritário.
Não se pode aplaudir essa forma de agir das empresas do Estado que movimentam bilhões na bolsa e no exterior em ADRs, já que o princípio é o mesmo, assim se há uma enorme falta de informação com os preços contaminados pelos dados da eleição, lá fora essa situação não acontece.
Ao serem negociadas lá fora as ADRs das grandes empresas brasileiras, dentre as quais destacamos as estatais, a repercussão doméstica não tem influência mais forte no mercado internacional.
A classificar esse campo minado e poluído até a solução do resultado eleitoral que se avizinha, nossas autoridades de mercado continuarão a repetir que os movimentos são normais e peculiares às economias emergentes, cujas democracias estão por se consolidar.
Diante dessa manifestação, de nenhuma explicação ou satisfação, o melhor a se fazer é ficar longe e bem distante até que tenhamos uma precificação mais consciente e coerente com a economia.
Se é certo que estamos patinando e rateando em termos de crescimento, bilhões chegam ao mercado pelas mãos dos estrangeiros e, com a mesma velocidade que entram hoje, saem amanhã, com motivação alguma e simples decifração do código hospedado no resultado das eleições.
Não é sem razão que se escasseiam as aberturas de capital das empresas e o trânsito de papeis rareia, num puro sinal de desconfiança e descrédito, ao menos nesse tempo final de disputa eleitoral.
Entretanto, se as autoridades monitorassem profunda e diariamente as operações, conseguiriam detectar irregularidades e aplicar as respectivas sanções, com esse comportamento, as práticas de insider trading e de informações privilegiadas perderiam seu fôlego, abrindo espaço ao verdadeiro conceito de fiscalização e supervisão de turbulências, provocadas por interessados em ampliar suas carteiras de lucros.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247