Reflexões de Ano Novo

Nesse período festivo, junto aos pedidos de paz, amor e prosperidade para o Ano Novo, vamos incluir nossas súplicas pela restauração da democracia

(Foto: Reprodução)


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Por Julimar Roberto

A semana começou muito bem com a pesquisa do Datafolha apontando que 51% dos brasileiros consideram Lula o melhor presidente a governar o Brasil. Mas não pense que Jair Bolsonaro não pontuou. Segundo os entrevistados, ele também mereceu a primeira colocação, mas como o pior presidente da história na opinião de 48% das pessoas ouvidas.

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Maniqueísmo à parte, não é de se admirar que, a essa altura, os brasileiros já tenham se dado conta das diferenças absolutas que separam as duas formas de governar. De um lado, um nordestino nascido na pobreza, retirante, metalúrgico, com uma história de vida ligada às lutas por direitos coletivos, de cunhos trabalhistas e sociais. Enquanto que, no outro extremo, um ex-militar preocupado consigo e sua prole, que a única vez que se mobilizou foi em defesa do aumento do próprio salário, elaborando um plano que previa explosão de bombas nos quartéis e outros pontos estratégicos no Rio de Janeiro. 

Segundo estudos do Banco Central, publicados em 2020, nos 11 anos de Lula e Dilma, ambos do Partido dos Trabalhadores, o Brasil viveu uma fase de avanços econômicos e sociais, com cerca de 25 milhões de brasileiros deixando a pobreza, além de um aumento significativo da renda dos mais pobres. No período, a desigualdade atingiu o menor patamar da nossa história. 

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Os dados mostram que, em 2001, a parcela da população em situação de extrema pobreza no país era de 13,6%. Em 2013, já havia caído para 4,9%.

Com o advento do golpe político-jurídico-midiático de 2016, foi dado início a um período de instabilidade que perdura até hoje. Fome, desemprego, desamparo, são marcas herdadas daquele atentado à democracia e aprofundadas na gestão neoliberal de Bolsonaro, onde a austeridade prevalece como lógica da política econômica. 

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Essa triste realidade é confirmada na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada em setembro, que denunciou uma taxa de desemprego de 14,1%, atingindo 14,4 milhões de brasileiros. Como se não bastasse, grande parte dos trabalhadores na ativa foram relegados à informalidade e as subocupações aumentaram 34,4%. 

Segundo o Banco Mundial, o aumento da pobreza no Brasil é considerado o pior resultado da América Latina nos últimos cinco anos. Embora as outras nações tenham sofrido crises econômicas desde 2011, nosso país se destacou ao piorar em todos os índices ao mesmo tempo. Em Honduras e Equador, houve elevação da desigualdade. Argentina e Equador sofreram com o aumento da pobreza. E Argentina, Equador e Honduras tiveram crescimento da pobreza extrema.

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Então, não é novidade alguma que a pesquisa da Datafolha tenha apresentado tais resultados. O fato é que estamos colhendo, a duras penas, o resultado de uma política de governo que prioriza os interesses do grande capital internacional em detrimento da classe trabalhadora e mesmo o mais simples de nós, que não entende nada de economia e nem de política, sabe que as coisas vão de mal a pior. 

Por isso, vale parafrasearmos ‘seja lá quem foi que disse’ – mui sabiamente – que “era necessário um Bolsonaro para que o povo desse valor a um governo progressista de esquerda, que prioriza o ser humano”.

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Então, nesse período festivo, junto aos pedidos de paz, amor e prosperidade para o Ano Novo, vamos incluir nossas súplicas pela restauração da democracia, pela retomada do crescimento econômico, pela restituição dos empregos, pela valorização da vida humana e por ‘Fora Bolsonaro’. 

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