Racismo em Casablanca

Bolsonaristas, filhotes da Ku Klux Klan, argumentaram sobre a inconstitucionalidade das ‘cotas’, que fere a lei que proíbe discriminação no universo do trabalho. Até que alguém produziu a pérola: “E se fosse o contrário”?



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Em um diálogo do filme Casablanca, de 1942, Peter Lorre pergunta a Humphrey Bogart: “Você me despreza, não é”? E tem como resposta: “Se eu pensasse em você provavelmente o desprezaria. O racismo no Brasil é mais ou menos como o diálogo entre as personagens Ugarte e Rick Blaine. 

Existe uma corda bamba invisível por onde a sociedade brasileira acostumou atravessar e fingir que não existe. A instabilidade das discussões sobre racismo não ultrapassa a linha rasa dos clichês como o racismo reverso que caiu nas redes. 

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A formalização de práticas institucionais, culturais, interpessoais, formam o conjunto que posiciona um grupo étnico social em posição de superioridade sobre outro.  

Do ponto de vista histórico, o preconceito é uma doença que sempre existiu e nunca vai deixar de existir. Não é como ir à guerra e vencer, é como uma batalha diária onde ocupar e abrir espaços são atividades permanentes e necessárias. 

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O racismo reverso movimentou as redes, depois que o Magazine Luiza abriu vagas de trainees para candidatos negros. Além de possuir um viés de marketing, a loja produziu a possibilidade de a sociedade se manifestar balançando na corda. 

Bolsonaristas, filhotes da Ku Klux Klan, argumentaram sobre a inconstitucionalidade das ‘cotas’, que fere a lei que proíbe discriminação no universo do trabalho. Até que alguém produziu a pérola: “E se fosse o contrário”?  

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Seria o troco de Peter Lorre a Humphrey Bogart: “Se você pensasse em mim, provavelmente saberia que sempre foi o contrário”. 

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